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Poesias-->As Borboletas de Mandaley -- 19/06/2005 - 17:56 (S!) |
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Ela correu de olhos fechados em volta do jardim como se nada pudesse impedi-la.
"A vida é curta", pensou.
Escrevia freneticamente como se tocasse piano.
Soava como música aquelas frias teclas.
Corria para a liberdade que não sabia ao certo o que significava.
Muitas vezes duvidava.
"Como alguém pode ser preso e livre ao mesmo tempo?"
Toda manhã, naquela janela, o jardim lá fora.
Borboletas flutuam pelo ar.
Ela queria ser. Queria estar. Queria chegar.
Shakespeare, aquilo possuía algo que batia em sua alma, que a deprimia.
Preferia Van Gogh e sua poesia visual. Ninguém falava, sentia.
Tantos olhos atentos a nada.
Tanta gente de fora, de dentro.
Todos caindo.
O mundo parecia um quadro de Magritte.
A vida é igual. Então, por que o desconhecido?
Pensou em tantas coisas que poderia ser.
Motivos tão pequenos.
Todos caminhos imaginários que passara para chegar a Mandaley.
"O que fazer?", pensava várias vezes.
Temos tantas respostas, mas no fim, só resta a dúvida.
Tudo o que viu, nada mudou.
Não há amigo que não saía.;
Casa que não caia.;
Não há lágrima que fique imóvel.;
Nem busca que cesse.
Apenas permanece, sempre a imprecisão de nosso ser.
Então ela notou que vaidade das vaidades é querer ficar.
"Fly, fly little buterfly..."
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