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Poesias-->Bonjour Srta. Poulain! -- 19/06/2005 - 17:42 (S!) |
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É o que digo: nessa vida só vale a pena tentar.
Tentar amar
Tentar ser reconhecido
Tentar mudar
Tentar sentir
Tentar não ligar
Tentar sair
Ser livre
Apaixonar
Falar
Se encontrar
Imaginar
Sonhar , mesmo com o quase impossível.
Tentar que a vida pareça o vôo de um pássaro
Que seja leve, livre e solta.
Sentir e deixar ir
Amar e não se apegar
Conversar com a mais doce ilusão de nosso ser
Sentir a fina lágrima que se joga dos úmidos olhos,
Que caí no mundo que te ensina a ser imundo.
A vida seria mais do que viver
Deveria ser a razão poética de estarmos perdidos.
A emoção, seria nossa amiga
O ver, um companheiro
O tocar, seria o despertar.
Sinta e não sinta
Nade pelas ruas
Sonhe que aquela pessoa que te odeia ou que apenas não te vê profundamente, te ama.
Viva.
Saia.
Mostre você.
A dor que carregamos
Ninguém vê
Talvez, nem nome tenha
Mas vejo que ela pode ir embora nas montanhas de verdes gramas.
Sei que existe esse campo, em algum lugar que aos meus olhos é desconhecido.
Ainda.
O piano toca.
Minha mente já está lá.
Ilusão, doce ilusão
De viver
De existir a fantasia tão linda
Viver o que anseio.
Gostaria de ver a chuva cair na estrada
Aqui, já não há mais aquele gosto
Tudo ficou seco
As lagrimas já não molham minha vida
Apenas, caem ao chão
Eu fui e, talvez, para sempre
E sei que no lindo campo verde de montanhas, não estou
Me encontro em algum lugar do perdido cotidiano.
Do que a existência me deu, tentei tirar mais
Tentei até, roubar mais
E, de fato, levei coisas boas
Mas, acho que quis demasiadamente
E nem todos, aqui, tem esse direito
Meu caro, a estrela está em todo lugar
Porém, nem todos têm ou aproveitam seu brilho.
Amei. Muito.
Acho que fui amado.
Mas de quem mais precisei,
Não fui achando.
Meu jardim aguardando, ficou.
Não vieram visitar.
Uma selva virou.
As pessoas não gostam desses lugares
Se acostumam ao perfeito,
Ao jardim de borboletas.
Acredito que o meu, está guardado.
Guardado nas selvas.
Ninguém entra, ninguém vê
Mas sinto.
Existe alguém que o rega.
Tentei.
E vejo que não consegui.
Talvez, ainda poderei alcançar
Afinal, um dia cheguei perto
Por que não outra vez?
A vida é assim, te leva quase lá
Mas sempre, no quase.
Porque tudo é quase ali, quase aqui,
Quase real.
A Srta. Poulain me olhou.
Passou e de longe, virou.
disse:
- Saia daí, sentirá frio aqui.
Apenas sorri. Acenei.
Por um momento, vi que seus olhos me fotografavam.
Acostumou-se a ser só, mas quando jogava pedrinhas no rio
Observava que a vida era como um sol no amanhecer.
Vivia no nascer e morria ao escurecer.
Quando a última nota de piano cessava
Tudo se calava.
Era boa como o doce bolo de maracujá dos domingos
Com chá.
E quando queria sentir-se parte do mundo, bebia Coca.
Light, pois argumentava que essa não matava,
Apenas corroía.
E de corroído por corroído, todos somos.
Tinha humor. De vez em quando, invejável,
Amável.
Caminhava calmamente
Observando cada nuvem, cada rosto, cada árvore,
Até o riacho
Pois ali, sentava
Entregava-se aos pensamentos
Nunca satisfeita,
Sempre achando que poderia ser melhor
Nada era o bastante.
Que um dia, as pessoas se arrependeriam achando que, tratá-la superficialmente seria o bastante.
Um dia.
- Ah Srta. Poulain! Bonjour!
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