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Artigos-->Terra perdida -- 13/08/2002 - 21:00 (Haroldo Pereira Barboza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nossa salvação.



Regularmente temos ouvido uma frase negativa sobre nossa pátria: "Este país não tem mais jeito". E muitas vezes nos surpreendemos repetindo-a, por mais que sejamos conhecidos como otimistas. E motivos não faltam para isto. Os desmandos governamentais que se sucedem em cascata não oferecem outra alternativa. Uma reportagem mostrando TODOS os Vereadores de São Leopoldo (RS) combinando a forma de se apropriar do dinheiro público não nos dá esperanças no momento da escolha dos nossos representantes.

No entanto, esta terra ainda tem salvação. Nossas crianças. Filhos, netos e bisnetos. Nós já desaprendemos a escolher bons nomes para a administração pública. Nos acomodamos e estamos com preguiça e sem ímpeto para combater os ratos que se encastelaram no poder. Em muitos casos votamos em amigos na esperança (em função de promessa velada dele) de que ele possa arranjar um bom emprego para nossos herdeiros. Realmente com este comportamento não mudaremos nada nos próximos 10 anos. Já fomos engolidos pela lama que desce do planalto e nos habituamos a respirar um pouco somente quando a marola da podridão abaixa em função de algum escândalo que se torna público. Devido a isto, os roubos são reduzidos por uma semana, até que o impacto das denúncias diminue em função das mordaças que controlam a mídia pesada.

No entanto, não podemos pronunciar aquela frase fatal acima na frente das nossas crianças. Seria confessar uma dose de egoísmo profundo tendo em vista que bem ou mal, usufruímos alguns bons momentos em passado recente e que aproveitamos as últimas gotas de boa qualidade de vida que ainda restava. Ou então estaremos passando um atestado de incompetência para os jovens que estão surgindo, declarando que eles não terão gabarito para alterar este cenário podre.

É preciso dar-lhes esperanças. Mas não basta que cuidemos de cada um individualmente dentro de nossa casa, ensinando-o a praticar o "salve sua parte e que se dane o resto". O tal "resto" logo se transformará num horrendo monstro que os atropelará sem cerimônia. É esta a herança que vamos deixar para nossos herdeiros? Então é melhor lutar logo pela 4a. guerra mundial para eliminar 75% da humanidade e iniciar um novo ciclo de prosperidade que sucede as grandes catástrofes.

Mas se desejarmos que a evolução seja menos traumática, temos de pensar nos grupos de jovens. Criar para eles as situações de convivência pacífica, solidária e humana. Acostuma-los a conversarem sobre as melhores condições para seus futuros. Agrupa-los em torno de interesses comuns enquanto jovens. Formando cidadãos conscientes que ao seguirem novos rumos carreguem uma mesma forma de comportamento.

Não resta dúvida que a Cultura é o único caminho para dar início a esta limpeza. Seria altamente positivo que cada entidade que hoje organiza concursos literários pelo Brasil, promovesse anualmente um para jovens entre 10 e 20 anos. As escolas também precisam rever seus conceitos de uso do tempo no ensino. Não devem ficar esperando normas do Mi(ni)stério da Educação onde os dirigentes estão sonhando com a área financeira ou a próxima eleição. Cortem 5 minutos por dia da parte "gordurosa" de cada matéria e usem o tempo acumulado em atividades culturais coletivas. Leituras de obras, desenhos, pinturas, concursos relâmpagos de trovas (sem muita exigência no início). Não estou inventando nenhuma fórmula mágica nem a pólvora. Só estou pedindo que nos unamos enquanto a areia movediça da imoralidade não nos faça esquecer o que é viver com dignidade e felicidade. Nossos herdeiros tem direito a este tesouro.







Haroldo P. Barboza – Matemático, Analista de computador e Poeta – Agosto / 2002

e-mail : hpbchacra@bol.com.br e hpbflu@terra.com.br



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