Dama Tenebrosa
Uma dama tenebrosa,
hoje segurou minha mão.
Advertiu-me do perigo,
de que coisa horrorosa
seria para mim aguilhão,
o conselho do inimigo.
Uma dama tenebrosa,
intentando o meu fim,
fez-me rir tristemente.
Da matéria asquerosa,
queria apenas meu sim...
afaste-se do meu presente.
Pensamentos lavam agora
minha alma doentia,
levando uma vida tardia,
sentindo ser a hora
de um barco sem rumo,
sem um mastro e prumo.
Acordo do outro lado,
do portão qu ela fechou.
Um grito solto alado!
É tarde para quem amou.
Perdido no ódio estendido,
Morto agora e esquecido.
13/06/2005
© Second Dupret
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