E aterrissa e decola dos aeroportos das almas que estudam sintaxe,
Quem poderia de verdade garantir ser capaz de rastrear e filmar tantas secretas miragens da matéria anímica programadas e presentes no jogo das sensações?
Quem poderia outrossim detectar e analisar as tortuosas vias do jogo das palavras combinadas e reunidas nas múltiplas direções da comunicação?
Quem poderia deter o vento da ficção poética armada no seio das sensações íntimas tecidas em subjetivos teares inadivinháveis forrados na ambigüidade sem identificação?
Quem poderia garantir desta feita que a luz dos sorrisos gerais das bocas voltadas para a platéia é uma garantia do amanhecer de um amor no raio de um sol que nunca pertenceu a ninguém?
Quem por consequência poderia deter o sonho amanhecente que se desprende de tantas palavras aninhadas em versos que caminham em rotas imperiais com o selo sideral de astros cósmicos que não pertencem a ninguém?
Quem poderia acompanhar na complexidade as doces loucuras apenas formais de tantos amores cibernéticos que se dissipam na velocidade das teclas digitadas por dedos que não têm compromissos reais?
Quem poderia identificar as marcas solares de amores discretos proclamados na solidão rapidamente destruídos pela eternidade dos espaços cósmicos que registram a guerra nas estrelas?