Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo, por que esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
Senti-me tola, inocente!
Vi-me em teus olhos, esbelta, pura!
Cálida sem reticências
Uma nascente jorrando água de amor
Subindo e descendo, os caminhos, sobre o limo!
Pedras que descortino
Nas margens do meu ardor
Águas claras e límpidas
Sob a luz do luar
Correndo como um rio em desespero
Em busca do teu amor, do teu mar...
Deixe teus olhos pousar nos meus
Tira-me da imperfeição noturna
Quero ser a tua água pura
Que mata a tua sede
Quero sentir o teu corpo por inteiro
O suor molhando a pele, a música no ar!
Quero ser a semente no teu chão
Para depois de tudo que fizermos
Semear o meu amor, no teu coração...
Amiga Lourdes!
Não vejo a hora da poesia nascer de novo nos versos do Agostinho.
Conto os minutos, segundos!
Preciso ler todo o amor que ele guarda para essa família linda. Venha em paz, por que um pássaro aguarda outro pássaro, para voltar a voar as ilusões na escrita.
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