Quero o teu calor
para aquecer as consciências.
Quero tua luz
para aclarar os corações escuros.
Quero teus raios fecundos
para fazer nos homens
nascer o amor unificante.
Tu estás bem no meio do azul do céu
e eu sinto teus raios
a tanger a terra
o gélido estertor da morte.
A vida ressurge
no burburinho irrequieto dos homens.
As ruas borbulham
de falas,
de gritos,
de bom dia,
de adeus.
Por causa da tua luz
que clareia a vida dos homens,
até as plantas
se embalam,
num farfalhar rumorejante de vitalidade,
cantando os passarinhos
seu despertar sonoro,
saltitantes de amor e de felicidade.
Os mares
te saúdam no mergulhar espumante
e os animaizinhos,
esgueirando-se das tocas, preguiçosos,
ao te sentir o calor,
olham-te felizes,
agradecendo-te o dia que lhes dás.
O brilho das rochas cristalinas
saúda-te piscando em raios multicores,
como a flertar contigo,
ao teu abraço amigo e quente.
A sementinha pobre umedecida
salta, à tua luz fecunda,
em grelos novos da vida nova.
Tudo no mundo é sinfonia
de cor e de harmonia
ritmada nos teus raios
vibrantes de vida e de calor.
Quero teu calor
para aquecer as consciências.
Quero tua luz
para aclarar os corações escuros.
Quero teus raios fecundantes
para fazer nos homens
nascer o amor unificante.
BeMendes (direitos reservados) |