Seria como o sol
que se espreguiça,
rútilo de amor,
ao abraçar a terra,
varrendo de seu berço
os sopros gélidos
do rigoroso inverno
que foge ao seu calor.
Seria assim, qual sol,
o meu abraço terno:
te envolveria, com ardor,
entre meus braços fortes,
dando de mim a ti
tudo o que sou:
meu respirar,
meu ser,
toda minha vida,
no beijo ardente e cálido
que nos teus lábios desse.
Recebe este presente meu
ao despertares -
cedo -
todas as vezes
que o insistente frio
fugir de tua janela,
lépido e pungente,
com o despertar do sol
ao se abraçar com o dia!
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