Usina de Letras
Usina de Letras
155 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62216 )

Cartas ( 21334)

Contos (13261)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50610)

Humor (20030)

Infantil (5430)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3304)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->O silêncio das palavras sem eco -- 08/06/2005 - 18:14 (Ernane Calado de Souza Melo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não há como conter a pressão das palavras

Portadoras das emoções que crescem

Se avolumam, e se rebelam

Contra as barreiras impostas

Pela ética, pela censura, pelos costumes

Pela cultura, pelas regras estabelecidas.

Libertação é a palavra de ordem.

Abram-se as comportas

E fluam as palavras!

Sob qualquer roupagem

Sejam poesia, sejam canção

Sejam um grito solto no ar.

Uma explosão

Uma quebra do silêncio das palavras

Em um grito de libertação

Das emoções contidas, acorrentadas.

Um rompimento das amarras

Sem medida das conseqüências

Abrindo o coração

Aos caminhos interditados

Saiam, libertem-se, espalhem-se!

E com seu código de cifras

Encontrem o seu receptor

O seu destinatário

Que as acolherão na medida certa

Dos seus mútuos desejos

Identidades e carências.

Mas há o outro silêncio.

O silêncio das palavras sem eco.

O silêncio de quem espera uma resposta.

E este é eterno.

As palavras são devoradas

Nas entranhas dos abismos ressonantes

Que anulando os seus ecos

Se destroem mutuamente.

Os ouvidos atentos se atrofiam

Na ausência de qualquer sinal

Que indique a possibilidade

De justificar a espera.

Nenhuma manifestação

Nenhum registro, nenhum estímulo.

Silêncio profundo!...

O coração à beira do colapso

No limiar da soltura

De um grito de desespero

Que o liberte da angústia da solidão

Da incoerência, da inutilidade

E das incertezas...

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui