O Terceiro Mandato de FHC
(por Domingos Oliveira Medeiros)
Caros amigos, Bom dia!. Peço licença para expressar minha opinião de que esta discussão sobre Cuba é mais do que despropositada. Em nada aproveita às questões que antecedem às eleições no Brasil. Todo mundo está cansado de saber que há mais de quarenta anos os EUA impuseram pesadas restrições econômicas ao ditador Fidel Castro. E a derrocada da ex-URSS foi a gota d’água para piorar a situação econômica de Cuba. Claro que estes fatos agravaram, ainda mais, a situação social da ilha.
Havana não é exemplo de nenhum paraíso. Muito menos fiscal. Mas tem o seu lado positivo: serve como contraponto para que a humanidade discuta os caminhos tortuosos que as potências do ocidente, capitaneadas pelos EUA, estão impondo aos países em desenvolvimento, especialmente os da América do Sul. E não adianta tampar o sol com a peneira.
O Brasil, por exemplo, não é melhor do que Cuba, em termos de segurança pública, habitação, emprego, saúde e renda. Basta consultar os índices oficiais do próprio IBGE. E agora, a coisa está ainda pior: Se lá em Cuba não há eleições livres, aqui, também elas deixam a desejar, na medida em que os “investidores”, para não dizer “especuladores” é quem ditam as regras. Ao sabor dos boatos e das ameaças de mercado, e da especulação financeira via moeda americana.
O FMI, por seu turno, se por uma lado “ajuda” o Brasil com mais empréstimos, por outro engessa a nossa economia e nos deixa de braços cruzados, refém da ganância internacional e subservientes ao capital estrangeiro. E o próximo governo já está, inclusive, indiretamente, comprometido com o FMI. E não pode nem pensar em deixar o jogo à esta altura do campeonato. Está numa sinuca de bico.
O FMI já entregou, adiantado, o programa do próximo governo. Pelo menos na área econômica. E o presidente FHC já está, inclusive, convocando os candidatos para passar as “orientações”. Será o terceiro mandato, também, de Fernando Henrique.
O resto é CONVERSA FIADA. Mesmo que o Serra estivesse em primeiro lugar nas pesquisas.
Domingos Oliveira Medeiros
13 de agosto de 2002.
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