Soneto do REENCONTRO ARDENTE
Foi numa noite risonha e muito quente,
Dominava o verão e uma lufada de vento
Veio me atingir no rosto, frente a frente,
Serviu de alerta, revivi o meu sentimento.
Esperei-te quando poderias estar ausente
Busquei-te no teu mais longo isolamento
Pensaste talvez, que eu fora um demente
Mas deste-me a mão ao meu sofrimento.
Nesse reencontro ardente, o nosso fervor
Falou bem alto, sem dor, sem queixumes,
E então pudemos viver o sonhado amor.
Pude ver a tristeza com a face aborrecida
Correu bem veloz, estava cheia de ciúmes
Não mais voltou, estava quase perecida...
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