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Artigos-->Madre Teresa de Calcutá- A Pequenina e Poderosa -- 11/08/2002 - 22:09 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Madre Teresa de Calcutá – A Pequenina e Poderosa

(por Domingos Oliveira Medeiros)



A Fonte:



Miguel Ángel Velasco Puente nasceu em Poza de la Sal (Burgos), estudou Filosofia e Letras em Salamanca, Ciência Políticas e Econômicas em Madrid, Ciências Sociais em Santiago de Compostela e, finalmente, Jornalismo na Escola Oficial de Madrid. Esse é o resumo de quem escreveu algo precioso sobre a Madre Teresa de Calcutá. E é dela que pretendemos falar, a parir do relato deste grande escritor. “Madre Teresa de Calcutá” – Ed. Quadrante - 1996. Puente, Miguel Angel Velasco.



O relato:



Madre Teresa de Calcutá. Nasceu em 26 de agosto de 1910, em Skolpje, lugar que ficava entre a Albânia e a Iugoslávia e que, hoje, segundo o autor, infelizmente, “nem se sabe ao certo...”. Seu verdadeiro nome é Inês Bojaxhiu. Filha de Nicolau e de Rosa, irmã mais nova de Ágata e de Lázaro. Nunca morou na Albânia. Foi educada na Croácia, durante o período da Primeira Guerra Mundial.



Em setembro de 1928, deixa a casa dos pais com destino à Irlanda. Inicia-se como noviça da Congregação de Nossa Senhora de Loreto. No dia 06 de janeiro de 1929, com 19anos de idade, pisa, pela primeira vez, na Cidade de Calcutá, na Índia, a caminho do noviciado de Loreto, colado ao Himalaia.



Em 1931, já como religiosa, toma o nome de Teresa e passa a trabalhar como professora na cidade de Entall, perto de Calcutá, ali permanecendo até a Segunda Guerra Mundial.



10 de setembro de 1946 – “O dia da Inspiração”



Numa viagem de trem para o Himalaia ao noviciado de Himalaia, recebeu sua inspiração interior: “dedicar a sua vida aos mais pobres dos pobres”. Do seu Diário, consta:



“Em 1946, ia de Calcutá a Darjeeling, de trem, para fazer o meu retiro. Nunca é fácil dormir nos trem, mas tentar fazê-lo num trem da Índia é impossível: tudo range, há um penetrante odor de sujidade pelo amontoamento dos homens e animais, todo um detrito de humanidade, cestos, galinhas cacarejando...Naquele trem,,aos meus trina e seis anos, percebi no meu interior uma chamada para que renunciasse a tudo e seguisse Cristo nos subúrbios, a fim de servi-lo ente os mais pobres do pobres. Compreendi que Deus deseja isso de mim....”.



“Era preciso um teto para acolher os abandonados, e pus-me a caminho para acha-lo. Caminhei e caminhei ininterruptamente, até que já não pude mais. Então compreendi até que ponto de esgotamento têm que chegar os verdadeiros pobres, sempre em busca de um pouco de alimento, de remédios, de tudo.”



A partir de então, a Madre Teresa iniciou seu caminho pela vida, e os mais pobres puderam sentir, por suas causa, que Deus os ama de verdade. Dois anos depois desses fatos, em 1948, “ Roma concede-lhe permissão para deixar o claustro, e ela estuda enfermagem nas margens do Ganges, em Putna. Em 1949, começa a escrever as Constituições das Missionárias da Caridade, nome que depois dá a congregação que fundou, e que foi aprovada pela Santa Sé em 1950.



A Expansão de Suas Obras



A partir de 1949 a Congregação começa a expandir-se pela Índia e para o Mundo. Rachi, Nova Delhi e Bombaim. Aqui ela recebe a vista de Paulo V I, em 1964. Em 1965, funda sua primeira casa na América Latina. Mais precisamente a Venezuela. Mais adiante, oura em Roma, a pedido do Papa. Mais à rente, o Papa João Paulo II lhe concede uma casa dentro do próprio Vaticano. Em 1970, alcança o Oriente Médio, em Aman, na Jordânia, e, em seguida inaugura sua obra na Austrália, em Melbourne, onde participa do Congresso Eucarístico Internacional de 1972. Em 1973, abre mais casa, desta vez em Gaza, na Palestina. E assim foi crescendo e alcançando as Filipinas, Tanzânia, Etiópia, Reino Unido, Bélgica, Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Colômbia, peru, México, Panamá, Ilhas Fidgi e Papua-Nova Guiné.



Em 1976, em Nova York, que, no seu entender, é “o lugar mais necessitado de oração”, fundou o ramo contemplativo das Missionárias da Caridade. E em 1979, ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Em 1981, inaugura em Berlim Oriental a primeira fundação em países submetidos ao, então, marxismo. Anos depois, foi recebida por Mikhail Gorbachov e abre uma de suas casas na Rússia. E o mesmo fez em Cuba.



A MULHER MAIS PODEROSA DO MUNDO



“O Ulster e Biafra, Ruanda e Angola, a Etiópia e a Somália, o Harlem e o Bronx, o Tondo de Manila e o Líbano, todas as periferias da dor e da miséria mais dilacerante, a aids e a lepra, a solidão total e o desprezo: esses foram ao longo dos seus quase 90 anos – dia após dia, noite após noite, com uma intensidade dificilmente inigualável, comendo mal e dormindo apenas três horas diárias, em permanente vigília de amor – os cenários desta mulher impressionante, sem dúvida a mais admirável protagonista do nosso tempo, uma das mais fortes presenças humanas na história deste século atormentado, miserável, selvagem e maravilhoso...”. “O que conta não é o que fazemos, mas o amor que pomos no que fazemos”, são palavras da Madre Teresa de Calcutá.



ALGUNS RELATOS SOBRE MADRE TERESA



Dominique Lapierre, o autor de “Cidade da alegria” e de “Para Além do Amor’, que conheceu a fundo a Madre Teresa, fala dela o seguinte: “Apesar do seu cansaço acumulado depois de uma vida de não dormir, de comer pouco, de trabalhar e sacrificar-se sem pausas, fez muito mais pelos outros do que todos os programas das Organizações internacionais juntas, do que todas as reuniões e comitês de especialistas em não se sabe muito bem o quê. Foi, durante mais de meio século, o maior símbolo de compreensão entre os seres humanos”.



O escritor peruano, Mário Vargas Llosa, erroneamente, disse certa vez: “não interessa aquilo que ela crê, mas aquilo que ela faz”. O grande escritor cometeu um grande e grave erro de interpretação. Segundo as palavras de Miguel Velasco Puente, “nem ela nem ninguém faria o que ela fez,se não cresse em Quem ela crê”. Na verdade, são até muitos os que têm a mesma fé da Madre Teresa de Calcutá. Mas pouquíssimos os que se dispõem a viver esta fé como ela viveu. Não existe fé sem o óbulo, diz o ditado.



O escritor Lapierre confessou certa vez: “Vendo-a desgastar-se pelos mais pobres, decidi que não podia permitir-me continuar a perder tempo na vida e, desde então, tratei não só de não andar atrás de satisfações pessoais, mas de fazer alguma coisa pelos outros”.



“Esta anciã maravilhosa, tão encurvada e tão pequenina por fora como gigantesca por dentro, que conhece à perfeição as vielas dos subúrbios, não só da Índia, onde agonizam os párias intocáveis, mas de todas as periferias das ricas cidades do Ocidente, nunca quis reduzir a sua tarefa à mera assistência social,. O seu ‘algo mais’ é a sua fé, a sua esperança e a sua caridade. Disse-o ela mesma: ‘Os moribundos, os aleijados, os doentes mentais, os enjeitados, os que ninguém ama, são Jesus disfarçado. Através desses pobres, posso estar vinte e quatro horas por dia com Ele”.



Mário Vargas Llosa definiu-a como “o anjo do inferno”, e relata: “Os alagados é um dos bairros miseráveis da cidade baiana de Salvador. Trata-se de terrenos inundados, de lodaçais fervilhando de mosquitos, onde uma humanidade faminta sobrevive a custo em frágeis barracos feitos de lata, caniços, papelão e toda a espécie de lixo urbano. Ali dei de cara, numa manhã de 1979, com a Madre Teresa, pequenina e enérgica, de rosto esculpido a facadas. Acompanhada por um punhado de voluntários, ia abrir nesse lugar uma casa de sua congregação. Eu conhecia o seu ‘Lar da Paz’ em Lima, que era pobre, mas asseado como um laboratório. Já nesse bairro de salvador, a putrefação estava nos corpos de seus hóspedes, nas crianças descerebradas recolhidas nas lixeiras doso arredores, nos inválidos que tinham vivido até então disputando aos cachorros os restos de comida das ruas, nos anciãos sem forças para mover-se, nos enfermos terminais. Apesar do trabalho extenuante, não percebi nas Missionárias da Madre Teresa crispação alguma nem o menor sintoma de fadiga ou desfalecimento, mas um recôndito sossego por trás da agitação exterior”.



ALGUNS PENSAMENTOS DE MADRE TERESA



Quando lhe criticavam a com o argumento de que é melhor ensinar a pescar do que dar o peixe, a Madre sempre dizia: “Na maioria dos casos, os infelizes que são atendidos por nós não têm forças nem para segurar a vara de pescar. Felizmente, existem pessoas no mundo que tentam mudar as estruturas. A nossa missão é abordar cada problema individual, não coletivo; atender esta pessoa e aquela, não uma multidão. Se pensasse em multidões, não começaria nunca a fazer nada. O que interessa é a pessoa. Eu acredito no encontro de pessoa a pessoa”.



“Há um segredo para que as coisas funcionem nas famílias, nas comunidades religiosas, na Igreja, nas sociedades: rezar, rezar juntos”.



“Antes de falar, é preciso ouvir; porque Deus fala no silêncio do coração”.



Quando recebeu o Nobel da Paz, alguém comentou que talvez fosse essa a maior alegria de sua vida, ao que a Madre Teresa retrucou: Não, não! A mina maior alegria foi conhecer Jesus Cristo, naturalmente!.



Ao voltar de uma curta viagem a China, a Madre contou seu encontro com o líder chinês Deng Xiao Ping. Numa visita a um lar para deficientes físicos a Madre disse-lhe: “O senhor está fazendo uma obra maravilhosa, verdadeiramente, é uma obra de Deus. Mas eu não acredito em Deus! Sou comunista. Como pode ser isso obra de Deus, perguntou-´lhe o líder chinês. Ao que a Madre Teresa respondeu: “Pouco importa; de qualquer modo o senhor está fazendo uma obra de caridade, e isso sempre é coisa de Deus.”



”Eu arrisquei tudo por Cristo, segura e convencida de que ele não pode decepcionar-me. Amor e a ternura são a melhor e a mais real manifestação da justiça. A justiça sem amor não é justiça, e o amor sem justiça também não é um amor autêntico”.



“Gosto de viver como testemunha da misericórdia de Deus”.



Para finalizar, o texto que a Madre Teresa compôs, há mais de quarenta anos, durante uma noite de tormenta, num leprosário às margens do Ganges:



“A vida é uma oportunidade; aproveita-a . A vida é beleza; admira- a; A vida é felicidade; saboreia-a. A vida é um sonho; torna-o realidade. A vida é um desafio; enfrenta-o; A vida é um jogo; joga-o; A vida é preciosa; protege-a; A vida é riqueza; conserva-a. A vida é amor; desfruta-o. A vida é mistério; desvenda-o. A vida é promessa; cumpre-a. A vida é um hino; canta-o. A vida é um combate; aceita-o. A vida é uma tragédia; domina-a. A vida é uma aventura; encara-a. A vida é um gozo; merece-o. A vida é vida; defende-a.





Domingos Oliveira Medeiros

09 de maio de 2002

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