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Poesias-->DUAS IMAGENS, 2ª. -- 27/05/2005 - 00:24 (JOSE GERALDO MOREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DUAS IMAGENS, 2ª.



Cachorro dormindo ao sol do meio-dia

Janela aberta, poeira, calor sufocando.

Mãe sentada na soleira da porta

Perto do quintal onde havia

Jabuticabeiras envelhecendo

(eu não me dava conta)



picolé de Creme Holandês para matar o sol

eu, moleque, sentado na porta do bar

um menino, Afonso, passa gritando:

- Mãe! Pai ta chegando!



O farmacêutico, seu Haroldo e sua maleta

De paletó branco passando na Praça:

Figura conhecida, procurada

Por todos os pobres da cidade.



Cavalo passando, arreios tinindo.

O sol matando, empapamdo de suor

Os sovacos, as pernas, os peitos, a testa

A cabeça, o ânimo. Que desgraça!



Poeira subindo, eu sentado.

O meio-fio queimando, eu sentado.

Meu pai e o armazém, eu sentado.

Minha mãe e a preguiça, eu sentado

Suas mãos acariciando/catando piolhos

Que não existiam na minha cabeça.



Eu era menino:

Ô porcaria de vida!

Ô tempo antigo!

Que vida, meu Deus!



Essa imagem ficou como poesia do desencanto.

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