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Contos-->RODRIGO, um mago moderno -- 27/07/2004 - 15:21 (ORIZA MARTINS PINTO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
RODRIGO, um mago moderno


Rodrigo, um mago moderno

(Personagem do romance “A SÉTIMA PROFECIA”)

A chegada à adolescência revelou um novo ângulo de Rodrigo: seu poder de sedução. Com um porte atlético se delineando, praticante de esportes, corpo sarado, ele era objeto de desejo da maioria das garotas que o conheciam. Mas aquele mago sedutor, um moreno de fascinantes olhos azuis, quando se encontrava só, em sessões de "mentalização", visualizava um misterioso vulto de mulher na penumbra, envolto em brumas, aproximando-se e tomando-lhe as mãos. Rodrigo, por mais que se esforçasse, não conseguia mentalizar os traços daquele rosto misterioso e vivia intimamente se perguntando:
- Por onde andarás, minha sereia? Nunca te vi... sempre te amei!

* * *

Almas gêmeas

Chegando ao local, movido por uma forte intuição, Rodrigo adentrou a gruta de São Tomé das Letras.
O rapaz sentia uma vibração interior. Algo muito íntimo e estranho... Para ele, habituado a sensações extraordinárias, quando rasgos de sua paranormalidade se manifestavam, essa vibração parecia assumir um significado novo e especial. Sob o efeito mágico da inusitada sensação, Rodrigo sentiu-se impelido a adentrar ainda mais o interior da gruta, como se uma força magnética o impulsionasse.
De repente, ele percebeu que algo se movia em meio à bruma da caverna. Pareceu-lhe um vulto...
Um vulto de mulher.
Rodrigo parou, instintivamente. Aos poucos, o vulto aproximou-se, e uma jovem de rara beleza deteve-se diante dos olhos fascinados do rapaz. Por uma fresta da caverna, um tênue raio de sol dourava ainda mais os cabelos daquela imagem de sonho. Os olhos negros cintilavam, fitando Rodrigo profundamente. Não fosse pela roupa despojada, moderna, calça jeans e camiseta de mangas longas, com um pulôver amarrado à cintura, dir-se-ia que se tratava de uma miragem.
Rodrigo e a jovem encararam-se por um instante.
Um instante mágico.
– Sempre te amei! – afirmou ele, num átimo.
A jovem encarou-o com ar de incredulidade, sem esboçar nenhuma palavra.
– Sempre te amei! Sempre te amarei! – continuou Rodrigo.
A moça esboçou um sorriso maroto e, olhando para os lados, perguntou a Rodrigo:
– Você está falando comigo?
– Com quem mais poderia ser? – respondeu o rapaz, manifestando naturalidade.
Talvez por cautela, a garota fez menção de se retirar. Rodrigo colocou-se à sua frente, impedindo-a.
- Por favor, não se vá. Não agora, depois que a encontrei, após tanto tempo de procura...
– Procura?... – indagou a jovem, intrigada. – Você estava à minha procura?... Você me conhece, por acaso?
– Sim, – respondeu Rodrigo, sussurrando num tom apaixonado. – Conhecemo-nos há séculos, desde infinitas existências... muitas vidas passadas... Nossos laços se perdem nas brumas do tempo..
Ela não resistiu e esboçou um sorriso:
– Essa foi a cantada mais original que já ouvi. Uma cantada sobrenatural. Bem... se me conhece realmente, deve saber meu nome....
Rodrigo poderia mentalizar alguma resposta e tentar intuir o nome da garota, mas não teve tempo. Calou-se por um instante e, mirando um colar no pescoço da jovem, respondeu:
– Seu nome... começa com "D"!
A jovem, instintivamente, levou a mão ao pingente do colar, uma letra – D.
– Conte outra! Essa não valeu! Você viu o meu pingente! – exclamou, com um sorriso de reprovação.

Nesse instante, ouviram-se passos e o som de pessoas se aproximando.
– Dani! Dani! – uma voz feminina ecoou pela gruta.
Rodrigo percebeu que estavam chamando pela jovem.
– Dani... - disse ele. – Daniela! Seu nome é Daniela!
Antes que ela respondesse algo, um grupo de jovens alcançou-os.
– Dani! - disse uma das moças, enquanto os demais se encaminhavam para a saída. - Por onde você andou? Vamos, o pessoal quer voltar agora!
E, olhando para Rodrigo, perguntou à amiga:
– Quem é? Não me apresenta?
– Bem, Verinha, este é...
– Rodrigo. Rodrigo Scudero. - finalizou o rapaz.

Verinha sorriu, estendendo a mão.
– Muito prazer. Rodrigo Scudero, hein? Nome de espanhol... de herói... El Cid...
– Com certeza! – sorriu Rodrigo, os olhos azuis faiscando, cheios de charme.
– Bem... então, vamos? – perguntou Verinha.
Daniela e Rodrigo não responderam. Pareciam não ter ouvido a pergunta de Verinha. Continuavam frente a frente, como hipnotizados, olhos nos olhos, num silêncio de cúmplices...
Verinha percebeu um certo clima no ar e, sorrindo, retirou-se, dando de ombros:
– Tudo bem! Vou indo na frente, tá?...
Rodrigo rompeu o silêncio, tomando as mãos de Daniela:
– Nunca te vi... sempre te amei...
Daniela rebateu:
– Essa também não valeu! É nome de filme...
– Filme... - balbuciou Rodrigo. - Minha vida tem muito a ver com filmes...”

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Conheça a emocionante história de amor de Rodrigo e Daniela na trama do romance
A SÉTIMA PROFECIA: mistério, suspense, paixão, reflexões, crime, paranormalidade.

http://www.orizamartins.com/profecia.html
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