Oh! Morte, franciscana irmã de todos nós,
que horripilante e frígida serias,
se não fosses a áurea chave do enigma,
que envolve a mente tórrida de todos os mortais!
É preciso sentir-te, bem de perto,
sorver teu olhar frígido, implacável,
a nos mostrar que a hora soberana
do encontro com a Verdade está chegada!
E a convivência contigo é inafastável
porque, pra ti, ninguém é diferente!
Tu levas quem é santo e mesmo o impenitente
à presença do paterno Julgador.
Para os que viveram bem, és porta luminosa
do encontro perenal com o Criador
És, minha irmã, o elo indefectível
da união perene ao mais perfeito Amor!
Busca-me, pois, ó amorosa irmã,
no momento derradeiro,
em que eu esteja em paz
com Deus, meu Salvador!
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