Presos 22 missionários cristãos na Índia
Acusados de proselitismo e conversões forçadas
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HYDERABAD, quinta-feira, 22 de março de 2007 (ZENIT.org).- Um grupo de 22 missionários cristãos foi preso na Índia. A polícia os acusa de proselitismo e conversões forçadas. O distrito no qual aconteceram os fatos é uma fortaleza do nacionalismo hindu, e o bispo local denuncia um forte clima anticristão, informa AsiaNews.
A polícia do estado meridional de Andrea Pradesh prendeu, em 20 de março passado, 22 missionários cristãos, acusados de converter a população do distrito de Dharwad, segundo confirmou a polícia local.
A prisão teria se produzido pela denúncia dos habitantes da aldeia de Bada, que acusam os missionários de ter distribuído folhetos a favor do cristianismo e contra os deuses do hinduísmo, «feitos de papel e sem nenhum poder». Segundo a denúncia, os cristãos teriam oferecido dinheiro a quem se convertesse.
A polícia os prendeu e recolheu o material em sua posse. Os agentes declaram que os missionários «são culpados de ter convidado a aldeia a converter-se para viver uma vida feliz».
Os 22 missionários acabaram ante o juiz, que os acusou segundo os artigos 298 (declarações que ferem os sentimentos religiosos), 448 (violação de domicílio) e 504 (ofensas intencionadas com o fim de destruir a paz). Após escutar as acusações, foram liberados sob fiança.
Os cristãos locais sublinham, contudo, que a área é uma fortaleza do Rashtriya Swayamsevak Sangh [formação paramilitar de fundamentalistas nacionalistas hindus], e que a comunidade hindu local é muito forte.
O bispo da diocese de Karwar, Dom Derek Fernandes, confirmou uma série de incidentes anticristãos. Em novembro de 2006, diz o prelado, «a porta da igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Dharwad foi queimada durante a noite. As autoridades não fizeram nada, e não sabemos se foi obra de fundamentalistas ou de vândalos».
Em 26 de fevereiro passado, a Associação Cristã do distrito de Dharwad protestou contra a onda de violência que atinge a minoria cristã. Após uma marcha de protesto, os cristãos pediram uma intervenção do Governo contra as «forças fundamentalistas» que há meses atacam os cristãos.
