Foi muito forte a tempestade
que se abateu no meu jardim
Baixou, como um tufão,
Num vendaval sem fim
Terrível!
Rodopiou, com violência
a minha flor
e a tombou ao chão,
arrancada ao caule,
a minha flor
Não vi quando tombou
Já a vi, no chão, caída...
Sem forças, desfalecida,
Sem reação
a minha flor
As pétalas dobradas,
Vincadas com o furor
do infausto vendaval
que abateu, pra sempre
a minha flor
Não disse adeus,
me vou,
te amo,
me beija!
a minha flor...
Foi arrancada,
com violência enorme,
a minha flor
do caule do meu peito,
destroçado em dor.
Partindo-se, partiu...
Foi para o Pai,
na certa,
e nesta terra,
apenas continua,
no olhar sereno e sorridente
de quem sua córnea recebeu,
olhar de paz e de ternura
de quem, na vida,
só viveu de amor!
Partiu, assim...
a minha flor!
BeMendes (direitos rservados)
set/03 |