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Contos-->Por Um Triz -- 19/07/2004 - 11:38 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Depois de passar o fim de semana de intranquilidade, com o resultado do seu exame feio na quinta-feira D.Maria saiu cedo de casa naquela segunda-feira.
O tempo estava meio que indeciso, ora o sol se espreguiçava, ora as nuvens fechavam-lhe as janelas.
Enquanto o ônibus demorava, ela ainda apreensiva tentava se destrair ouvindo a conversa alheia, de duas senhoras que estavam reclamando da situação.
- Ora veja só Flávia tudo está uma carestia!
-Fui no seu Joaquim ontem compra feijão e estava mais caro, sem falar no preço do arroz.Um absurdo menina.
-È verdade Creusa.Quem esperava que a esperança iria vencer o medo,anda de lado, por que tudo subiu de preço.Só os nossos salários é que nada.Aliais só se fala na gente, de ano a ano, quando vão tratar de aumentar o salário.
-Você quer dizer realinhar, por que faz um tempão que a gente não tem aumento.
Depois de uma hora o ônibus apareceu, não era o ideal, para a Maria, mas ela resolveu pegar duas conduções, pois já estava com os nervos a flor da pele.
Lá pelas sete e meia D. Maria desceu na praça da Bandeira, onde passam várias linhas de ônibus.
Esperou um pouco e a chuva começou a cair.O dia emfim seria de chuva.E ela pensava e se enervava.
Logo depois se benzia e dizia Ave Maria.
Assentada na parada esperando, com a sua visão periferica tentava ler algo do jornal do dia, que o passageiro ao lado,também a espera do ônibus lia com tranquilidade.
Quando de repente surgiu o Congós -jardim e ela mais que depressa fez sinal e entrou.
Deu bom dia ao cobrador, pagou a sua passagem e lá na frente se assentou.
Calamidade ou não entrou um garoto pedindo ajudas, com a foto do seu avó numa cadeira de rodas.
Comovida ela deu uns trocados, quando do seu lado sentou-se um rapaz com cara de professor.
Ao redor que era desconhecido ninguém, falava nada.Só ouvia o som estridente do motor a misturar-se com a boa M.P.B, ainda desfilando no rádio.
Próximo a sua parada, ela levantou fez sinal e quando o ônibus parou, D.Maria desceu agradecendo.
Em frenta ao laboratório, a chuva um pouco intensa ela deu uma corrida e entrou.
- Moço bom dia!
-Bom dia minha tia!
- Vim buscar um exame, feito na quinta-feitra.
O rapaz virou-se e abriu uma gaveta, procurou por ordem alfabêtica e identificou.
Entregou o papel do exame a D.Maria sorrindo,que por sua vez nervosa, o agarrou, amassando-o contra o peito.E como de praxe ao chegar na parada,assentou-se e puxou o envelope começando em seguida a ler.
Mesmo sem entender detectou, que aquele exame dizia que ela era portadora do cancer.
Por um instante tudo ficou vazio.O seu coração palpitava mais do que o normal, a sua boca secou e uma ângustia aos poucos foi a deprimindo, deprimindo até as lágrimas confundirem-se com a chuva em sua caminhada,pois voltara andando a sua casa.
Lá chegando, deixou o exame sobre a mesa, armou a rede e começou a chorar.
As roupas por lavar, a casa por limpar e a comida nem se dava mais contar.Pra que comer se ia morrer?
O egoísmo começou a se manifestar, mas D. Maria lembrou de Deus e começou a orar.
Quando os seus patricios chegaram,lá estava ela jogada chorando e chorando.Paulinho seu filho ligou para suas tias, para a sua avó e seu pai, que vieram em bando de desesperados.
História contada, alguns já queriam chorar, outros em desespero, queriam chamar o padre, mas a filha Marina, menina sapeca, foi lá no pátio e viu sobre a mesa, no chão algo que o vento teimava em empurrar, como se a natureza queisesse se livrar.Ela mais que depressa pegou o papel sob aquela forte chuva, agora já da tarde, quase anoitecendo e leu na capa Maria Euzenancir.Mesmo sem muito entender começou a rir, um riso interminavél, que contagiou seu imãzinho Paulinho, que contagiou Katinha sua prima, que logo foi notado pelo Sr. Antônio, pai de toda aquela prole.E que não gostou nemhum pouco.Deu um senhora bronca:
-Ora vejam só, a sua mãe no fundo de uma rede e vocês brincando de rir!
Com a bronca todos sairam do quarto e foram a sala, tentar entender o que estava acontecendo, pois o Sr. Antônio não era homem de discutir ou de bater em seus filhos, quanto mais falar alto.
Sem dizer nada, mas com a cara cínica, Marina ergueu ao pai o envelope.
Ele pegou e lendo esboçou um sorriso, que contagiou os meninos e a mãe da D. Maria é que não gostou.porém antes que todos o crussificassem ele explicou:
- Calma gente a Maria não me deixou dormir preocupada com esse exame de mama e o resultado não podereia ser outro, se ela estivesse tranquila e lesse direito as coisas.
-Aqui diz Maria,só que outra.Ela pegou o resultado enganado e já queria morrer.
Todos deram boas gargalhadas, que D. Maria teve que Levantar e vim ver o que estava se passando.E quase desmaiou, quando soube que estava sendo motivos de risos.Mas sem perder a pose, de imediato reclamou e firmou a voz no intuito de ir no dia seguinte ao laboratório reclamar daquele erro.Que como disse ela, se fosse uma pessoa fraca tinha até se matado.

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