Deixo escorrer minha alma, em mil saudades,
entre cordões de serpentinas, multicor,
banhada de confetes, em meio às colombinas,
como arlequim, ou alegre um pierrô.
Ébria de amor, rasgada de saudades,
pula nos blocos, passistas, bateristas.
Sozinha sai de mim e já cansada e triste
de dançar, de sorrir e de fazer sorrir, como se fosse um solitário arlequim.
E chora lágrimas de quem viveu sorrindo
e ri sorrisos de quem viveu cantando
em alegres passos de ardente carnaval.
Volta, minha alma, banhada em mil saudades!
Volta, de novo, e não te ausentes mais!
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