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Erotico-->PARÊNTESIS LUXURIOSOS -- 30/09/2003 - 07:35 (LUIZ ALBERTO MACHADO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
I

...(entre eu e eu, um homem e um animal. Um homem que se inicia, ilumina, transcende e comunga imanente com tudo e todas as coisas. Um animal lobo sedento e insaciável, soturno e insone. Quando equilibra o ser, domando e apascentando a fera indômita, o eflúvio místico da sabedoria se insinua e eis que, na calmaria dos sentidos, surge do inopinado uma mulher linda e nua, olhos manhosos, rosto belo, boca sedutora, cabelos sedosos ao ombro, seios de fruta deliciosa, braços convidativos, ancas arredondadas, ventre palpitante, coxas e pernas bem delineadas. Esconde-se, então, o homem e se pronuncia o animal indomável que arde perante a imagem carnal mais cobiçada, até alcançar o lado extremo do prazer que ela proporciona. É nisso que assimilo Zaratustra, no momento em que "o homem é uma corda atada entre o animal e o além do homem, uma corda sobre o abismo". E essa rede abissal se forma desde remota infância, menininho miúdo, bolinha risonha, arrodeado e paparicado de mulheres por todos os lados: tias, primas, sobrinhas, madrinhas, afilhadas, enteadas, vizinhas. Tudo cheirando meu ventre miúdo e acendendo minha incipiente satisfação. Havia até uma delas que cochilava com meu pingulizinho na boca de manhã, ou de tarde, ou de noite. Eu quietinho, nem chorava. Só esperneava com fome ou por falta de uma mulher ao meu lado. Assim fui crescendo, deitando no chão só para ver o segredo embaixo das saias. Minha tia se aperreava quando saía do banheiro enrolada numa toalha que eu me escondia embaixo. Aprontava das muitas. Fechadura de portas de quarto de fêmea, era o meu predileto passatempo. Até meus quatro anos quando conheci a professora peituda e bunduda, dela nascia meu gosto feliniano pelas desproporções, a ponto de colocar um espelhinho no sapato só para flagrar-lhe as intimidades. Quanto mais peituda, mais se acentuava minha paixão infantil. Mesmo, e uma coisa curiosa ocorreu alguns anos atrás quando uma amiga minha, Cleonice, uma daquelas pessoas que a gente tem uma afinidade parecendo mais que já foi íntima da gente noutra encarnação, e eu gozava de sua estreita amizade.; até o dia em que, anos e anos no meio de tantas e tantas transparências confidenciais trocadas na maior cumplicidade de amigos, entreguei que a minha fantasia sexual incluía uma mulher de volumosos seios e carnes excedentes. Ao término do almoço no restaurante, ela saiu muda, acompanhando meu palavreado, eu nem me tocando que algo havia desgostado nela. Não havia como eu perceber que a anatomia que havia descrito, batia de cara com o seu ser. Eu não possuía essa maledicência. Não, Cleo, eu nunca cantei uma mulher. Minha timidez nunca permitiu e nunca, jamais fui possuído por tal ousadia. Sempre usei de outras mais sutis alternativas - abordagens com uma olhada tímida e persistente, provocando esbarrar na pessoa, deixando a coisa fluir até a naturalidade da entrega, em tempo algum com uma cantada - para conseguir as mulheres que me deram a graça de estarem entre meus braços e provando de meu corpo. Cleo não entendera isso, e eu perdera uma linda amizade. Mas eu não vou aqui fazer um relato como a da Thérèse Philosophe, muito menos um diário como o de Kierkegaard que nos persuade a não amar apenas uma, mas muitas e que deus fique com o céu, que eu fico com ela.; nem uma pregação do hedonismo sofista de que nada é mais importante que o prazer. Não. Devo dizer que sempre ambicionei encontrar o Eldorado, não pela busca da riqueza ou outros louros, mas pela justiça e eqüidade social.; sempre procurei Canãa nalgum lugar, alhures.; sempre invoquei Shangri-lá, a Cidade do Sol de Campanela, a L"an 2440 de Mercier, a Nova Atlântida de Francis Bacon, a Utopia de Thomas Moore, e todos esses lugares inatingíveis, só foram reunidos para mim, no corpo de uma mulher. Esta sim, a minha busca real, onde sou todo em minha pequenez.; inteiro com meus pedaços.; forte com as minhas fraquezas.; adulto com minhas infantilidades.; perfeito com todas as minhas imperfeições. Nela eu me completo com a sua compreensão e com a minha descarga animal da tensão biológica como a chuva que cai do espírito do universo para fertilizar a terra. É nela que me realizo, considerando o que mencionara Jung que "o animal humano sempre viceja quando não é premido pela dura necessidade" e aprendendo com ele que "é no coração onde reside todo drama e toda excentricidade". E a quem nascera com o coração capaz de amar a mulher, restaria não só a sede da volubilidade errôneamente detectada, mas a de amá-las todas, fielmente, em sua beleza e em sua razão de ser. Parece que foi Vinícuis de Morais quem dissera que amava muitas mulheres mas que era fiel a cada uma. É neste sentido que deixo a minha imaginação viajar ao doce enleio do jeito feminino...)....

©Luiz Alberto Machado. Direitos Reservados

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