Negro!
Negro!
Negro!
Escravo da nossa escravidão,tu que sob as restias do fumo ,das sobras de palha no meio da imenso salão escuro, deitaste as lágrimas caladas,em sussuros.Segurando a dor,de onde mais doia...a alma aprisionada.
A carne podia estar dilascerada,
As mãos ensaguentadas, o coração partido, mas o viço da existência fazia par com a esperança.
Tu, que muitas vezes sob venda,
Sob compra.Um comum a tantas coisas era exposto a miséria.
Eras filho,um verdadeiro órfão de pátria,que enxugava o seu suor, que misturava o seu sangue a nossa mãe terra.
Tu que, tantas vezes, sob os açoites do chicote,
Sob o escarnio dos senhores,
Sob tantas humilhações foste,enfim, sendo reconhecido.
Foi se forjando jangadeiro,
Foi se formando boiadeiro,
Foi se tornando o ser mais importante dessa nação...um brasileiro.
Tua honra está em tu
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