"Bento que bento é o frade!"
Também em menino brinquei
com paixão sempre profunda
pela vida. E despertei
quando, na morte da vida,
no escuro túnel gritei!
Gritei. Corri. Acordei!
Corri de braços abertos,
lancei-me a tudo que vi.
Cai. Tropecei em pedras.
Ralei joelhos. Chorei.
Quebrei a perna e, nas dores,
tentei levantar-me e, de pé,
e sempre de braços abertos
resolvi somente amar
fechando os braços no amor.
Amar. Amar bem profundo,
no fundo do coração.
E busco tudo no mundo,
que os outros teimam buscar
apenas como conquista,
eu busco só por amar.
E busco um amor sincero
o amor que tenho em você,
o amor que transpõe barreiras
sem machucar nem ferir
e deita bem de mansinho
no leito morno e a sorrir
se queda e fica tranqüilo
jamais pensando em fugir.
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