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Erotico-->MATO TEM OLHO -- 17/09/2000 - 20:34 (Pedro Gomes da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MATO TEM OLHO


Aproveitando o bom tempo e a solidão do domingo, resolvi chupar mangas lá mesmo no pé e com uma faca na mão, marchei para os pés de mangueira mais afastados.
Para relembrar os tempos de menino, subi em dos pés de magueira a fim de colher as frutas diretamente com as mãos. Com duas mangas na mão, sentei-me em um dos galhos, recostei-me ao tronco e antes de começar a descascá-las, vi um garoto de treze anos, ali da vizinhança, aproximando-se da mangueira onde eu estava, ele vinha com cuidado, como se quisesse escondeu alguma coisa. Quando chegou junto as bananeiras, que ficavam quase debaixo da mangueira que eu estava em cima, ele parou, olhou para todos os lados, exeto para cima da mangueira, como não viu nada anormal, deu dois assovios bem altos.
Como meu ponto de observação era bom e não me pertubava em nada, resolvi ficar olhando os movimentos do menino.Este por sua vez, estava inquieto, olhando de vez em quando para o lado contrário de onde tinha vindo. Passaram-se uns cinco minutos, aproximadamente, e ele tornou a assoviar. Alguns minutos haviam passado, desde o último assovio, quando notei que mais alguém estava chegando ali, vindo do lado que o garoto olhava, mas, por causa das folhas da mangueira e das bananeiras, eu não via ninguém, além do rapazinho. Quando a outra pessoa chegou perto, o menino que esperava perguntou.
- Ninguém viu para onde tu ias?
- Não.
- Tem certeza?
- Tenho. Porque minha mãe está na casa da vizinha.; meu pai saiu cedo e o Netinho está jogando bola.
Quando ouvi o nome Netinho, fiquei sabendo que a outra pessoa que falava era a menina Lia, que acabara de completar doze anos e morava ao lada de nossa casa. Para saber o que os dois estavam tramando, permaneci sentado no meu galho de mangueira, quieto, observando e ouvindo o que falavam, visto que a distância que nos separava, em linha reta, era menos de dez metros. Dali vi quando a menina, já uma mocinha, chegou ao lado do garoto e este não perdeu tempo, foi logo beijando-a. Ficaram abraçados por vários minutos.
O camarote não era dos melhores, mas a vista panorâmica era excelente, via-se tudo que faziam. Como a preocupação deles era com os lados, por terra, nunca suspeitaram que de cima daquela mangueira alguém os observava. E como observava. Eles não olham nem uma vez para as frutas daquela árvore, porque as frutas que eles queriam estava ali mesmo, junto com eles.
Eu, que queria chupar minhas mangas, à sombra das mangueiras, em silêncio na minha solidão, naquela bela tarde ensolarada de dezembro, estava sendo o olho do mato do provérbio popular.”Mato tem olho e parede tem ouvido”.
Comecei a ficar exitado quando vi aqueles dois garotos se beijando e, principalmente, quando vi o menino passando a mão pelo corpo da menina e pouco a pouco foi levantando a blusa dela até descobrir as maminhas, que já faziam uma boa saliência na roupa.
O garoto ao ver os seios da companheira, passou a mão de leve sobre eles e por fim pegou um com firmeza, a ponto da jovem reclamar.
- Não aperte, está doendo.
O menino era mesmo um danado. Deixou de beijá-la, baixou a cabeça até a boca tocar nos seios e começou a chupá-los, enquanto a mão direita desceu o mais que pode e depois foi subindo pelas coxas da menina. Ela retirou a mão dele de suas pernas e tornou a falar.
- Tu está tão diferente, hoje.
- E não era para estar?
- Eu acho que não.
- E o que nós combinamos?
- Eu disse que ia pensar e não pensei.
- Mas não há o que pensar. Tu não gosta de mim?
- Gosto e muito.
- Eu também gosto de tu.
Ele parou de falar e tornou a beijá-la mais demoradamente do que antes, apertando-a contra si e passando as mãos pelo corpo da menina. Com aquele abraço apertado Lia sentiu o volume no short do amado e perguntou.
- O que é isto, Neco?
Neco, era como os amigos o chamavam, mas o seu nome era Manoel, que antes era chamado de Maneco e agora era somente Neco.
- Ora Lia! Como nós estamos abraçados e beijando, ele endureceu. Agora já estou pronto.
- Tu prometes que não conta pra ninguém.
- Prometo.
- Eu vou confiar em tu.
Vi quando Neco mais uma vez levantou a blusinha de Lia e voltou a pegar nos seios dela, vi quando a mão dele subiu pelas coxas da menina e deste vez começou a levantar a saia, não vi até onde a mão foi, mas é fácil imaginar. Logo depois ele afastou-se um pouco da jovem, dizendo.
- Espere um pouco.
Ele deu alguns passos, enfiou a mão por trás dos pés de bananeiras e pegou jornais, que estavam escondidos, espalhou-os no chão, sentou-se e pediu para a mocinha sentar também. Neco ficou sentado de lado e Lia ficou de frente para mim. O rapazinho tornou a falar.
- Tire a calcinha.
A garota estava decidida mesmo, meteu as mãos nas calças e tirou rapidamente. Neco baixou o seu short, deixando surgir o seu órgão viril, ainda pequeno, porém bem empinado. Ele curvou o seu corpo ao lado da menina como se fosse beijá-la e forçou-a a deitar-se de costas e deitou-se por cima.
Alguém pode até dizer que é invenção minha para causar sensação, mas não é, foi pura coincidência. Eu ali em cima daquela mangueira, naquela hora e os meninos deitados, exatamente, com os pés para o meu lado. Dá para imaginar que minha posição naquela árvore dura não era das melhores para se ficar muito tempo, mas era privilegiada para assistir o defloramento de uma virgem. Via-se tudo, até melhor do que os dois se viam. Eu podia interromper aquela relação, porém resolvi deixar os garotos se divertirem à vontade. Com a minha omissão, eu podi estar permitindo o surgimento de mais uma prostituta, mas também podi estar vendo o início de uma ralação duradoura, eterna. Simplesmente permaneci quieto em meu lugar, assistindo de camarote.
Vi quando ele tentou a primeira vez, porém a saia ainda impedia o seu intento. Ele enfiou a mão entre os dois e puxou o impecílho, vi surgir a fonte dos desejos, ainda sem pelos e senti alguma coisa avolumar-se em minhas calças. Vi quando o órgão do garoto tocou a menina no lugar certo, mas não entrou. Ele tentou várias vezes mas não consegui. Motivo do insucesso, ele estava muito afobado e realmente era para estar. Transar pela primeira vez, tanto ele como ela era mais do que razão para estar acontecendo aqui. Eu também já estava ficando impaciente, queria ver logo aquela penetração, aquela posse inicial. Queria ver a reação da mocinha, da menina sendo possuída, penetrada, deflorada, mas estava difícil. Eu estava tão concentrado, tão atento, que não perdia um só movimento dos dois. A ansiedade era tanta, como se fosse eu que estivesse com a menina. Eu já estava a ponto de sujar as próprias roupas.
Depois de alguns minutos de tentativa, ouvi eles falarem baixinho.
- Não consigo meter.
- Deixe, que eu coloco.
Vi a mão da jovem surgir entre os dois, pegar o membro do amado, abriu um pouco mais as pernas e introduziu a cabeça. Foi o suficiente, vi o garoto ir baixando os quadris e ouvi o sussurro da menina.
- Devagar, está doendo.
Neco não falou nada, mas era um garoto danado de esperto, abraçou a menina com força e começou a beijá-la, enquanto continuava com os movimentos característicos da ação. Ainda ouvi a jovem Lia gemer, não sei se de dor ou de prazer. Neco continuou com os movimentos do bumbum. Aquele vai e vem, aquele entra e sai, até que aumentou a velocidade dos quadris e fungou forte, comprimiu seu corpo ao corpo da jovem Lia, como se quisesse fundir seu corpo ao corpo dela. Pararam por completo os movimentos dos corpos. Ficaram quietos por alguns minutos, unidos até a alma, naquele abraço do prazer satisfeito.
Comigo não aconteceu nada, porém estava mais calmo, mais sereno e foi naquele estado de flacidez que vi, pouco tempo depois, o Neco ir levantando o corpo devagar, até ficar de joelhos e sentar nos calcanhares, entre as pernas da menina, que estavam estiradas. O garoto olhou para o rosto da companheira e depois para o órgão genital. A menina percebeu e puxou a saia, cobrindo-se. Neco sem dizer nada, terminou de levantar, vestiu o short. Lia, também levantou-se, vestiu sua calcinha, olhou para o rapazinho e ele perguntou.
- Tu gostou?
- Doeu um pouco, mas foi bom.
- Eu quase que desmaio.
- Olha Neco. Tu prometeu que não vais contar pra ninguém.
- E não vou mesmo.
O garoto recolheu os jornais, guardou-os entre as bananeiras e sairam conversando, talvez marcando um novo encontro. Eu não entendia mais o que falavam. Poucos metros a frente separaram-se e cada um foi para um lado, desaparecendo do meu campo de visão.
Quando os dois foram embora, pensando que o segredo era só deles, eu comecei a descer da mangueira com uma das pernas adormecida, mas a cena valeu o sacrifício.
É por uma destas que o povo diz: “Mato tem olho e parede tem ouvido”.
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