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Poesias-->NASCIMENTO VIDA E MORTE DE UM AMOR -- 01/06/2004 - 09:38 (ADELMARIO SAMPAIO) |
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NASCIMENTO VIDA E MORTE DE UM AMOR
O amor que nasceu um dia
Como vacilante começo
Tentando sobreviver
Depois do parto o berço
Que embala com ilusões
Alvorada de emoções
Como um fio de começo
E sobrevida de sonhos
Gerado como cansaço
É depois amamentado
No macio de antebraço
Que sugando acalanto
No seio de um encanto
Ninadas no mesmo espaço
Tentando fazer-se oculto
Contado como segredo
Engatinhou no vacilo
Andou agarrado ao dedo
Que nesse dia de vida
Palavras feitas guarida
Fazem mais leve o medo
E como a querer voar
Nas asas do desencalhe
Por ver-se adolescente
Que risos não há quem cale
Desordem em desmantelos
Seguram enormes castelos
Ultima cartada é que vale
Mas só o tempo voa
Sonhos de quem já não via
Quando mais tarde o espelho
Rugas de quem já não ria
Como o amor que passou
Só a saudade sobrou
Vincam face e findam dia
Morte ou medo de volta
Como desmaio ou espasmo
O frio chega na noite
Companheira do marasmo
A sepultar quem sem vida
Nessa escura saída
No agonizante sarcasmo
*
Adelmario Sampaio
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