Eu consumo minha vida, bandida,
Em cada curva do caminho, desalinho,
Nos momentos, infinitos, quando,
Não tenho você, meu alimento,
Meu tormento, infinitamente,
Bem no cerne do meu pensamento,
No jeito, e a contento,
Do infinito querer,
Que faz-me, inserir,
E então devorar,
Todo meu juízo,
Queimando em fogo brando,
Das noites passadas, pesadas,
Com todo o peso de uma existência,
Sem teu cheiro, sem teu calor,
Um existir sem ter você...
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