E esse coração sofre tanto, mas tanto, que mais tanto impossível de ser.
Sê-lo - o coração - é algo doméstico, comum... que anima mas integra o doce e o amargo do viver num único cálice.
Correr todo o risco do coração é amar
E amar é encetar amor no lastro do coração, que fica ferido, ardido.... morrendo de dor, Ô Dor: que não some, que nem aos poucos consome de vez, que leva e não chega...
Que vai e não pára, que de novo nunca chega.
Mas, por piedade, um dia pára: no compasso de um trem, em cada estação, para cada multidão, para dois, para um, para você, sozinho, triste acabrunhado... à procura de luz, onde ela está que não acende? Ameaça e num aceno, mas não acende!
E este coração que sofre tanto, que é doméstico, comum e corre riscos consome a dor:
Vê a luz, da própria escuridão, que ora vê pela fé: a Luz - definitiva é a sua condução, sempre brilhará, para sempre, sempre.
E conclui: uma vez amor, para sempre jaz. Aqui jaz ... coloque o seu nome.
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