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Poesias-->CONFISSÃO -- 29/04/2005 - 22:31 (Edson Campolina) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CONFISSÃO





Confesso que sonhei ser um filósofo,

um grande pensador da humanidade,

A explicar seus medos e desejos,

Desmistificar todas as coisas,

Com sabedoria apontar o destino.

Mas limitei-me a apenas suportar

Os acidentes da vida.





Então sonhei ser um teólogo.

Deus é mais simples que a humanidade.

Ler as mensagens do cosmos

E alertar sobre o caminho...

Mas me disseram que era vão,

Pois muitos não acreditariam em mim,

Sequer acreditam nos desígnios Dele.





Sonhei ser um sociólogo,

Um grande estudioso da sociedade,

A pensar a irmandade dos homens

Num mundo de disputa e vaidade.

Mas encontraria cortinas de ferro

A barrarem a fome fora dos depósitos.

Melhor faria um biólogo rodeado de lobos

A estudar a simplicidade de irracionais.





Tentei então ser um historiador,

Um simples narrador do passado,

E preservar o presente, eternizá-lo

para o aprendizado do porvir.

Muitas seriam as agruras do descobrimento,

Revelações tristes de um velho mundo,

Imundo, maculado, sem futuro.

Embebedaria-me em páginas de mofo,

De sangue e desgosto.





Confesso que sonhei muito,

Invejei o intelecto de tantos

Que da altura de púlpitos

Falaram aos homens como profetas.





Só restou-me os sonhos da palavra.

E, sem pensar, tornei-me poeta.

Poeta não pensa, não fala, só sonha,

Senti e dá forma no verbo.

O poeta não estuda o coração,

Não cultua a razão, traduz seu devaneio

Em linhas traçadas de bem-querer.





Tornei-me este pensador menor,

Sem o iluminismo da ciência.

Fiz-me poeta por incompetência,

Limitado às paixões dos dias,

Assombrado com as utopias da consciência.

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