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Artigos-->Cidadania plena -- 08/08/2002 - 10:41 (Haroldo Pereira Barboza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cidadania em todos os níveis.



Entre os levantadores de peso existem os que erguem mais de 200 kg e os que não passam de 150 kg. Mesmo esta marca inferior, para nós que não somos do ramo, corresponde a uma tonelada. Mal comparando, a prática da cidadania também possui diferenças, definidas por diversos atos cotidianos. Não basta pagar impostos e ter um título de eleitor para se rotular de cidadão. Nem apenas ter servido ao exército (mais importante é servir à sociedade). Também não é preciso fazer parte da associação do bairro onde mora para ostentar este rótulo. Nem somente se eleger para um cargo público. O bom governante não é aquele que ergue prédios escolares suntuosos para esquentar notas frias de fornecedores. São mais úteis os que cuidam das vias de esgotos e de água potável (mesmo que grande parte da população não perceba) pensando 20 anos à frente.

Claro que a prática da cidadania fica mais evidenciada entre aqueles que além de suas atividades diárias normais, ainda conseguem dedicar algum tempo extra na semana em prol de alguma entidade carente, num ato de solidariedade de forte impacto. Assim como aquele que orienta os desinformados no sentido de preservarem a saúde pessoal e coletiva. Tanto quanto os que lutam pelos direitos dos oprimidos e esquecidos pelas autoridades. No mesmo nível estão aqueles que abrem os canais que nos permitem denunciar e cobrar atitudes corretas dos governantes que manipulam nossos impostos.

Os aposentados que passam a servir à família com pequenos afazeres (levar o neto na escola, consertar o pedal da bicicleta do sobrinho) também estão dando sua cota pelo bem comum. Inclusive aqueles que acordam mais tarde e não se dirigem ao centro da cidade no horário do engarrafamento e que fazem compras e pagam contas fora dos horários de maior demanda. Com isto reduzem as filas para os que estão com pressa para voltar aos escritórios. E ainda existem os que contribuem financeiramente para entidades filantrópicas nas melhores das intenções, sem ter certeza do adequado destino de suas doações por parte de algumas instituições.

Dentro deste contexto cheguei à seguinte conclusão: o mendigo que "estaciona" diariamente numa esquina de meu bairro também faz sua parte recolhendo papéis, latas e garrafas que os falsos bacanas jogam pelas janelas de seus carros de luxo. Pena que jamais seja exibida uma reportagem desta na tv para servir como exemplo aos que só se "doam" quando há uma solenidade destacada na mídia.

E você, que repentinamente percebeu que não se enquadra em nenhuma destas situações, não entre em depressão nem saia afobado de casa com a intenção de controlar o trânsito da esquina em frente ao seu prédio. Isto não vai recuperar seu tempo desperdiçado. Faça algo mais simples como parar de fumar (definitivamente) dentro de locais fechados ou deixando de colocar o lixo em local inadequado. Assim você não se tornará um agente de futuras doenças que se transformam em epidemia pela omissão dos governantes. Mas se pretende continuar contaminando seu pulmão com nicotina, não jogue a ponta de cigarro acesa numa floresta indefesa. A sociedade agradece esta sua atitude simples (mas eficaz) de cidadania.





Haroldo P. Barboza – Matemático, Analista de computador e Poeta – Agosto / 2002

e-mail : hpbchacra@bol.com.br e hpbflu@terra.com.br



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