Situação partidária atual traz privilégios a todos
Estamos vivendo um dos mais importantes momentos políticos da história do Brasil. Esquerda junto da direita, e vice e versa. Isso sem comentar os de centro.
Pode soar estranho aos desavisados. Pode até parecer antagônico, mas não é. Isso está acontecendo porque finalmente estão vendo que para governar não basta maioria, tem que haver mais.
Os casos mais “escandalosos” são do PT aliado ao PL, partido de Lula, e PPS com uma facção PFL, da frente trabalhista com Ciro Gomes. Ambos são de esquerda. E sempre foram. Lula, não precisa de comentários; Ciro também não, apesar de ainda precisar de apresentações.
Pois bem, muitas pessoas estão reclamando que isso jamais poderia acontecer. Mas pergunto: Se pôde acontecer com Fernando Henrique, nos dois mandatos, pois ele tinha como base governista o PFL, por que as chamadas esquerdas não podem evoluir e juntar-se a outros partidos, visando um equilíbrio de ideologias, principalmente no Senado e na Câmara de Deputados em Brasília?
Essa resposta é simples, por que enfrentar a direita ou a esquerda? Por que ter que “bater cabeça” com esse ou aquele por causa de ideologia partidária? Vejam que a tendência disso acabar é enorme. E, se realmente for levado a sério, o país tem muito a ganhar. Muito mesmo. Principalmente nas votações.
Agora, deve estar pensando, você leitor, ora, mas se todos se unirem, quem irá delatar falcatruas? Não se preocupem, pois nem sempre todos pensam da mesma forma. Mesmo sendo do mesmo partido, há um delator. O que não é ruim. Vamos deixar isso claro!
Foi feliz o Lula no debate na Rede Bandeirantes, quando disse ao Garotinho que se ele continuar a escolher alianças, acabará sozinho, e que governar o Brasil sozinho é muito difícil. Oh!, será que ele profetizou algo? Claro que não, ele simplesmente mostrou que o tempo e o aprendizado enobrecem, e enriquecem conceitos. Mostrou que a evolução é uma coisa inevitável. Obviamente para aqueles que querem. E posso assegurar que muitos ainda teimam em não querer. Tem medo.
É o livre arbítrio. Infelizmente essas pessoas acabam afetando o todo, pois ainda são maioria.
E por isso, continuamos a ser colonizados. Ter juros altos, educação precária, povo mal educado, salários ridículos. E até quando vamos viver essa situação?
Eu não sei. Não consigo enxergar a luz no fim do túnel. Nós, que poderíamos mudar tudo isso, pois somos os filhos dos filhos da ditadura, não conseguimos se organizar para fazer um churrasco com R$ 5,00 de cada participante, sem que um deles ache que um outro está tirando proveito dele!
Ele pensa assim, porque faria isso. Essa é a situação mesquinha que vive o brasileiro. É melhor balançar a bunda para a TV, ou ser jogador de futebol do que querer estudar de verdade. Saber, conhecer, ter o mínimo de curiosidade em saber quem é o Pedro Álvares Cabral.
Aí, leitor, vem você e pergunta de novo: o que esse louco está falando? Eu lhes respondo: a maioria dos jovens que estão na escola hoje, no ensino médio, não sabem que foi esse fulano (de acordo com a história contada) quem descobriu o Brasil. Então agora eu pergunto: O que podemos fazer para mudar essa situação?
Falar, escrever, nos mostrar sem medo de sermos discriminados, rotulados, enfim, qualquer coisa que um fraco é capaz de dizer sobre uma pessoa que não teme e não trai sua consciência, seus princípios de cidadania.
Somos tão fortes e tão grandes, até quando vamos viver nos guetos? Até quando vamos deixar eles lá em cima, governar um país que poderia ser potência mundial; grande exportador de grãos, minério, combustível, máquinas, e tantas outras coisas.
Lamentável nossa atuação nesse teatro de fantoches. Vamos à luta, sacos de batatas!
Abraços
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