Ele é cruel,
às vezes,
e faz muito sonhar.
Sonhar
com coisas tantas,
sonhar
com coisas tontas
até desesperar...
O silêncio
das folhas caídas.
O silêncio
do vento parado.
O silêncio
das cartas caladas.
O silêncio
que não quer falar.
Falar do passado
das coisas vividas.
Falar do presente
das coisas amadas.
Falar do futuro
das coisas queridas.
Ele é cruel,
o silêncio calado
que não sonha
com as coisas passadas,
que não vive
as coisas amadas,
que não sente
as coisas queridas.
Ele é cruel,
às vezes,
e faz muito sonhar,
o silêncio calado.
BeMendes (direitos rservados) |