Dá-me tuas mãos,
deixa
que eu as aqueça
do frio,
do vento,
das geadas.
Deixa
que as cumule
do calor
que existe em mim.
Dá-me tuas mãos:
eu as porei
em delicado gesto
sobre meu peito
onde arde -
em chamas -
toda a fornalha viva
de um grande coração:
grande de amor,
grande de solidão.
Tocando nele
aquecerás tuas mãos.
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