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Artigos-->O Segundo Dilúvio -- 07/08/2002 - 22:42 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O Próximo Dilúvio

(por Domingos Oliveira Medeiros)



Dentre os elementos fundamentais para a preservação e a continuidade da vida em nosso planeta a água ocupa lugar de destaque. A energia que consumimos depende da água. Com a energia, produzimos bens e riquezas de que necessitamos. Com a água tomamos banho, lavamos nossas roupas e utensílios, cozinhamos os alimentos, as plantas, as hortas e os pomares, completando nossas necessidades alimentares. E tantos são os benefícios e a importância da água para a vida que chegou-se a desconfiar que deus era brasileiro, tal a fartura de água com que Ele privilegiou nosso país.



Mas o homem, esse estúpido, não tem dado à água a importância que ela merece. Ao contrário, com sua obsessão pela acumulação de capitais, tem contribuído para poluir todo o nosso planeta, principalmente seus rios e mares, na procura obsessiva pelo petróleo, como se o petróleo fosse mais importante do que a própria água. Petróleo não mata a sede. Bem ao contrário: além de poluir o planeta. tem sido motivo de guerras insanas, que matam pessoas indefesas, destroem sonhos e coisas belas que a natureza criou.



Não é por outra razão que o mundo está em crise. Não é por outro motivo que potências mundiais, indiferentes aos fundamentos de justiça e de respeito aos direitos humanos, invadem países, atiram bombas em todas as direções, matam crianças, mulheres e idosos indefesos, alheios aos apelos e recomendações até mesmo de organismos internacionais, como é o caso da Organização das Nações Unidas.



Enquanto tanques e soldados israelenses invadem os territórios palestinos, os Estados Unidos permanecem omissos ao verdadeiro genocídio que Israel impõe ao povo árabe. E tudo à revelia da opinião pública internacional e de costas para o legado histórico da importância do local onde se travam os embates, em cujas terras Jesus Cristo caminhou e pregou a paz entre os povos, assim resumindo-a: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.”







O terrorismo tem sido o álibi hipócrita, usado pelas grandes potências e seus aliados, para disfarçar a verdadeira intenção do pretenso combate ao terrorismo mundial. Pretendem, a bem da verdade, acabar com as nações onde existam poços de petróleo e deles tornarem-se donos. Não é por outra razão que se desenvolvem ações de guerra contra o Iraque, o Afeganistão, o Irã e tantos outros. Estamos reproduzindo as lutas pelo poder e pelas riquezas vivenciadas no passado pelos grandes impérios. Os Persas, Os Romanos, e tantos outros.





No pressuposto de que ele nada faz para acabar com o terrorismo. Como se isso fosse possível. Como se ele fosse um terrorista. Seria a mesma coisa que culpar o presidente FHC por todos os atos de corrupção no país. Pelo crime organizado. Pela volta da dengue. Pela miséria de grande parte da população brasileira.



Seria a mesma coisa de exigir que os Estados Unidos acabassem com o contrabando de drogas e de armas dentro de seu território. Ou que os americanos acabassem com o terrorismo econômico nas suas relações internacionais, que primam pela prática do “dumpinng”, e outras disfunções do ramo, como, por exemplo, o excesso de gazes poluentes, que aumentam o buraco de ozônio e a temperatura da terra.



Não vejo ações iguais em outras partes do mundo. Onde existe o terrorismo. Na Itália, por exemplo. Na Colômbia. No Peru. Na Irlanda. Em quase todo o continente africano. Na Índia e no Paquistão. E no próprio solo americano, em relação, inclusive, aos grupos de extrema direita que matam por questão de racismo. Ninguém toca no assunto. Por essas e outras razões, penso que estamos próximos de um novo dilúvio.



Tal qual como descrito na Bíblia: “Vendo pois Deus que a malícia dos homens era grande sobre a terra, e que todos os pensamentos dos seus corações, em todo o tempo eram aplicados ao mal: arrependeu-se de ter criado o homem no mundo.” E disse a Noé: “A terra está cheia de iniqüidades, que os homens têm nela cometido, e eu os farei perecer com a terra.” (...) “Faze para ti uma arca de madeira alisada. Farás nela uns pequenos repartimentos, e betumá-la-as por dentro e por fora”. (...) “E eis aqui como a hás de fazer........”Sabe que tenho determinado mandar sobre a terra um dilúvio de águas, e fazer perecer nele todos os animais viventes, que houver debaixo do céu;e tudo que houver sobre a terra será consumido. Eu farei um concerto contigo, e tu entrarás na arca, tu, e teus filhos e tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo. Farás também entrar na arca dois animais de cada espécie, machos e fêmeas , para que vivam contigo. (...) Porque daqui a sete dias hei de chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e hei de destruir da superfície da terra todas as criaturas, que fiz.” (*).



E o novo dilúvio, tudo indica, não será com água. Será, por castigo, acredito, um dilúvio que virá em forma de chuvas torrenciais de petróleo. Com pequenas diferenças.



Na arca, que será construída por um simples operário, temente a Deus, grande conhecedor de seus ensinamentos, e cumpridor de seus deveres, entrarão o referido marceneiro, a esposa, seus filhos e suas respectivas noras e genros, conforme o caso. Nos compartimentos deverão estar, pela ordem, um casal de professores, um casal de cientistas, um casal de músicos, outro de compositores, um casal de escritores e outro só de poetas, um casal de pintores, outro de escultores, um de cantores, um de atores, um de inventores e tantos casais quantas forem as artes e ciências até aqui conhecidas e praticadas para o bem. Mais um casal de médicos e de profissionais de saúde, um casal de juristas de renome, todos os doentes que acreditam em Deus e esperam pela cura, mais um casal de mestres em artes gerais, um casal de cada espécie de ave e animal terrestre e marinho e os melhores livros que foram escritos até agora.





Todo o restante ficará de fora. Os demais pecadores, entre os quais estariam incluídos os banqueiros, empresários, em geral, políticos (com ou sem mandato), policiais civis e militares (corruptos ou não), contrabandistas, líderes de facções criminosas, servidores públicos (com ou sem faltas graves), líderes religiosos, donos de emissoras de televisão, de jornais e de revistas, industriais em geral, principalmente os fabricantes de armas e explosivos, e assim por diante.



(*) Gênesis, 9-18 – A Bíblia Sagrada – Edição Ecumênica





Domingos Oliveira Medeiros

-2002-









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