(Tema sobre o "Pequeno Príncipe")
Seria assim:
uma queda lenta,
um suspiro frágil,
um terno olhar de adeus,
um sorriso lindo
que transmite o aceno
de quem vai pro além.
Ninguém mais o via,
ninguém mais dizia
que ele não foi bom.
Ele - lá - ficava
como folha seca
ressecada ao sol,
que, depois, com o tempo,
transformado em pó
se espalhava ao vento
pra não causar dó.
Seu amor guardava,
terno e verdadeiro,
num secreto escrínio
que ele, amante e ledo,
sempre bem cuidava
só pra seu amor.
Era a flor - uma rosa -
que ele cultivava
no seu coração,
mas que os homens, tolos,
sempre interpretavam
ser pura ilusão.
E ele, sempre amando,
louca e ternamente
com todo o amor seu,
preferiu despir-se,
subir, despedir-se
do cansado corpo
com que se envolveu.
Só restou à rosa,
se quedar saudosa
e conservá-lo vivo
no coração seu.
BeMendes (direitos rservados)
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