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cronicas-->Cuidado com as mesas -- 30/07/2003 - 11:36 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não é bom falar muito alto, mas comenta-se por aí que há uma conspiração surda em andamento, envolvendo as mesas de bares e restaurantes. Não todas, só as bambas. Todos sabem, estas mesas bambas são meio revoltadas, sobretudo as que ficam bambas em função do piso e não de seus próprios defeitos. Deviam levar isto na esportiva, rir de si mesmas, brincar com seu molejo. Mas não, são ranzinzas, chatas mesmo. Que fazer?

Por algum motivo inexplicável, elas têm uma cisma com caldo verde e seus apreciadores. O cliente, senta, esfrega as mãos para se esquentar, pede um caldo verde e está feita a confusão. Não perguntem como, mas a mesa bamba logo percebe e se prepara. Aguarda pacientemente que o garçom traga o caldo e, quando menos se espera, dá uma balançada e, não há como evitar, vira o caldo.das mesas bambas ameaçando, melhor dizer anunciando, uma rebelião sincronizada.

Bem, eu não devia falar nisto, mas não posso me conter. Corre à boca pequena, que em algum dia que não está muito longe todas as mesas bambas do mundo farão um protesto sincronizado. No dia X, sem que ninguém saiba ou pressinta, todas serão misteriosamente viradas, com consequências irrecuperáveis para a economia mundial e as calças dos clientes, sobretudo dos apreciadores de caldo verde.

O leitor desavisado achará que estou viajando. Talvez. Eu mesmo às vezes acho que estou delirando e corro tomar um caldo verde para tirar a teima. Peço, aguardo e tomo o tal caldo sem nenhum problema. Peço mais, pra confirmar. Quando o garçom está chegando com a segunda porção, por algum motivo, tropeça na mesa e vira o caldo sobre a camisa. Bem, já tenho três camisas esverdeadas. Eu que nem gosto muito do caldo verde, só me submeti a esta tortura com propósitos de um lado científicos e, de outro, humanitários. Alguém tem que fazer alguma coisa.

Pensando aqui com meus botões - o que é sempre um perigo - imaginei que se parasse de tomar caldo verde eu estaria a salvo. Extrapolando a idéia, pensei fazer uma grande campanha pela abolição do caldo verde. Algo me disse que eu não seria levado a sério. Fiquei quieto, mas mantive a abstinência do malfadado caldo. Para maior segurança, ao entrar em um restaurante vejo no menu se servem caldo verde. Em caso positivo, saio logo e procuro um que me deixe mais confortável.

Esta história do caldo verde, de fato, não tem explicação, mas quem entenderá as idéias de uma mesa bamba? Será uma grande sujeira. Ninguém entenderá, mas será o prenúncio de grandes mudanças, novos tempos que se anunciam.



Escrito em 23.07.2003
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