A madrugada arrepia-me o sono...
pelas palavras eu refaço,
o dia que colhi sem dono,
o dia em que nua fiquei de cansaço!
Há quem me chame por entre a bruma,
colhendo o meu olhar marejado,
que nunca mais se apruma
pelo pecado desvendado...
As estrelas coram de feridas
pelo vulto de mim desnudado...
Fingem-se coloridas e festivas,
Para diluirem o meu nu cansado.
Grito rouca em surdina...
pela dor que em mim desatina!
Sozinha,cansada e desnudada,
continuo a minha triste caminhada!
Elvira:)
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