Meu Anjo, as folhas caem no outono,
Foi o que me contaram sobre a vida.
Quem sabe se diante dela eu me mostre,
Ao peito nu de preconceitos e ideologias,
As complicações não sejam tão complicadas.
Ainda que no outono caiam as folhas
Das árvores, elas sempre florescem belas.
E por aqui não é só na primavera
Que elas se apresentam em suas cores,
Tão coloridas que merecem a chuva
Bendita que cai agora sobre seus ombros...
Meu Anjo, sempre é hora das rosas cantarem.
Quem sabe se diante da vida eu mostre
Um peito repleto de sonhos e anseios,
Ardendo em gana de viver a vida.
Ao peito nu de preconceito e ideologias...
Talvez melhor seria se eu furasse os olhos
Para não ver as desgraças e as misérias.
Mas aí, meu Anjo, eu não veria as flores...
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