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cronicas-->Um Estranho no Paraíso - Parte II -- 29/07/2003 - 11:07 (Ivan Guerrini) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em 27 de setembro de 2002 eu ouvia e escrevia sobre a música "Stranger in Paradise", uma antiga canção que em português significa "Um Estranho no Paraíso". Um lindo dia amanhecia. O sol, mais animado naquele início de primavera, se levantava mais cedo e, depois do frio dos dias anteriores, trazia uma brisa gostosa e fria como prenúncio de suaves novidades. Que quero hoje, perguntava eu? Não sei exatamente, respondia, pois me sentia como um estranho no paraíso. Inebrio-me na busca do perfeito, do harmonioso, sinto tanta coisa acima do clássico, afirmei na ocasião. Partículas numa "Brownian music" flutuavam ao redor do sol, como, graças aos céus, aprendi a identificar. Os insights do Congresso Holístico de Floripa recém-findo me chamavam, as cores do nascente se sintonizavam com o espiritual. É mais que natural, dizia, se sentir um estranho nesse nível não-clássico, não-mensurável. Mas as percepções aguçadas sempre mostram que esse é o habitat dos anjos e dos seres mais evoluídos. O real atrapalha nesses momentos e só confunde. Só sei que não quero nenhum tipo de prisão, nada que me segure no clássico mórbido e definhante, assegurei. Reitero agora! Não fui chamado para isso. É a escola desafiante e solitária de Jonathan Gaivota que me plenifica, que me puxa para cima. Desejos de interconexões extasiantes e não verbalizáveis é o que desejei a todos naquela manhã. Por que lembro disso agora? Talvez porque percebi que em 27 de setembro de 2001 estive ministrando uma importante palestra num Encontro de Pós-Modernidade e exatamente um ano depois escrevi esse artigo. Nada, porém, me faria escrever sobre isso se a data não continuasse a ser importante. Datas marcantes do meu passado, como disse Anne Schutzenberger em seu "A Síndrome dos Ancestrais"? Bem provável... Cada dia nos chama para grandes transformações, além do que imaginamos, não é mesmo? E até mesmo os fatos "coincidentes" nos chamam para mudanças na nossa maneira de crer, já que vejo que nossa fé é dinàmica e também evolui. Como Deus é bom... E como é bom construir essa crença sem cartilhas e sem medos. Claro, sem desprezar os ensinamentos antigos, mas sem ficar preso a eles. Como é bom construir seu futuro sendo plenamente responsável por ele, sem ficar dependendo emocional ou psicologicamente de nenhuma estrutura superior ou de alguém de fora que diz saber mais porque é instruído nisso ou naquilo ou ainda porque lhe foi revelado por este ou por aquele. Por isso me agrada a definição do junguiano J. Sanford de que o Deus verdadeiro é aquele que habita seu profundo ser, devendo estar em harmonia com a sua imagem externa de Deus. É, portanto, uma construção a crença em Deus, já que ninguém é dono da verdade. Continuo me sentindo um Estranho no Paraíso e sou muito feliz assim buscando a realização plena do ser humano. Ainda assim, considero-me sempre um aprendiz. É tão gostoso saber que somos sempre bem-vindos à dimensão de vida de Jonathan Gaivota quando escolhemos essa realidade espiritual. Quero continuar construindo esse meu paraíso, mesmo que seja olhado como um estranho por muitos, ou me sinta como tal. É a aventura maravilhosa da vida!




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