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Textos_Religiosos-->Não ao aborto, Sim à vida! -- 20/03/2007 - 15:55 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não» da Igreja ao aborto é «sim» valente e decisivo à vida
Fala Dom Rodrigo Aguilar Martinez, presidente da Comissão Episcopal da Família, Juventude e Leigos da CEM

www.zenit.org

TEHUACAN, segunda-feira, 19 de março de 2007 (ZENIT.org-El Observador).- O debate sobre a descriminalização do aborto na capital da República Mexicana se estendeu a todos os cantos do país.

Por este motivo, Zenit-El e Observador entrevistaram Dom Rodrigo Aguilar Martinez, bispo de Tehuacan e presidente da Comissão Episcopal da Família, Juventude e Leigos da Conferência do Episcopado Mexicano.

--Quais seriam as conseqüências da descriminalização do aborto na capital, para o resto do país?

--Dom Aguilar Martinez: Na realidade do México, o que acontece no Distrito Federal serve como exemplo a seguir no resto do país. No anterior governo federal, os critérios eram marcados pela Secretaria de Saúde; agora parece que as coisas mudaram: a Secretaria de Saúde está mantendo uma postura mais firme na defesa da vida humana, mas deixou que sejam o Distrito Federal e os estados que discutam e legislem isso para seus próprios territórios.

--Há alguma «transmissão de idéias» aos demais congressos dos estados?

--Dom Aguilar Martinez: O tema do aborto que está sendo discutido no DF nos interessa para o resto do país não só pela repercussão que se pode ter no âmbito nacional, mas pela própria gravidade do aborto, onde quer que se pretenda legislar sobre ele. O aborto provocado é a morte deliberada e direta de um ser humano em qualquer etapa que estiver, desde a concepção até o nascimento. Quem pretende descriminar o aborto para defender os direitos da mulher, com isso está matando outro ser humano e seus direitos; e se trata do ser mais indefeso, sujeito inteiramente ao que os já vivos decidam a respeito dele. Por isso o aborto é um verdadeiro crime.

--A postura da Igreja Católica é puramente de fé ou, igualmente, possui bases científicas sólidas?

--Dom Aguilar Martinez: A postura da Igreja Católica não é somente de fé, mas está sustentada em claras e precisas bases científicas. Há quatro fatos demonstrados pela ciência: primeiro fato: quando a célula feminina -- ou seja, o óvulo -- é fecundado pela célula masculina -- ou seja, o espermatozóide-- acontece a concepção. O óvulo fecundado pelo espermatozóide se chama zigoto e é um novo embrião, ou seja, um organismo novo, o qual, ainda que se vá formando dentro do corpo da mulher, tem um patrimônio genético diferente do da mãe.

Segundo fato científico: este organismo pertence à espécie biológica humana, basta analisar o número e a natureza dos cromossomos.

Terceiro fato: o zigoto é um organismo programado, que não é simplesmente a soma dos códigos genéticos do pai e da mãe, mas é um ser com um projeto e um programa novos, que não existiu antes e não se repetirá jamais. Nesse programa genético estão as características do novo indivíduo, por exemplo, a estatura, a cor dos olhos, até o tipo de doenças genéticas às que estará sujeito.

Quarto fato: a ciência diz que o crescimento do embrião se dá de modo coordenado, contínuo e gradual; sem saltos qualitativos e com diferenciação progressiva que dá origem à formação dos tecidos e dos órgãos.

--Em que tempo ocorre dentro do ventre da mãe?

--Dom Aguilar Martinez: O desenvolvimento e a diferenciação do embrião são muito rápidos. Após cinco semanas de sua concepção, o embrião humano apenas mede um centímetro, mas diversos órgãos já começaram a tomar forma. Após dois meses, a forma do corpo já está completa. Depois disso, não precisará mais que refinar suas funções e crescer. Dos dois aos nove meses multiplicará vinte vezes sua estatura e mil vezes seu peso. O desenvolvimento continuará depois do nascimento, durante toda a vida. Se os legisladores pretendem descriminar o aborto antes das catorze semanas, que prestem atenção nos dados da ciência nesta etapa de formação do embrião. Simplesmente, que observem as fotografias ou vídeos de um aborto provocado.

--Há possibilidades de influir entre os legisladores?

--Dom Aguilar Martinez: Não vejo, pessoalmente, muita possibilidade de diálogo com os legisladores mais aguerridos na intenção de descriminalizar o aborto. Se for possível abrir a um plebiscito, espero que os cidadãos participem ampla e sensatamente, com verdadeiro critério humano.

--A postura da Igreja continua sendo considerada «como uma imposição»?

--Dom Aguilar Martinez: Ao reiterar a postura da Igreja Católica, não pretendo impor esta doutrina, mas fazer ver como se fundamenta, acentuando o aspecto científico. O aborto não é válido em nenhum caso; porque se trata de uma nova vida humana, que já tem direito a nascer e viver. Nem sequer é válido o aborto quando foi por estupro: neste caso, é preciso castigar o estuprador e ajudar a curar biológica, psicológica e moralmente a mulher estuprada, mas favorecendo que conclua sua gravidez e, se não quer ficar com sua criatura, que a possa dar em adoção.

--O senhor fala de um fato pernicioso no uso da linguagem por parte dos legisladores pró-aborto...

--Dom Aguilar Martinez: Sim, esta é outra situação que se está dando, já há algum tempo, que vai mudando o significado dos termos; por exemplo, pretende-se falar de gravidez só quando o óvulo fecundado se implanta no útero; contudo, a ciência já definiu que a gravidez se dá com a fecundação ou concepção mesma, sem esperar a implantação do embrião.

--A Igreja continuará sendo chamada de «negativa» por posturas como esta?

--Dom Aguilar Martinez: Quando a Igreja Católica sustenta um «não» decidido ao aborto, é porque sustenta um «sim» valente e firme à vida, especialmente dos mais indefesos que não são as mulheres, senão os bebês que se estão formando no ventre das mulheres.

--Continua havendo excomunhão para quem permite o aborto?

--Dom Aguilar Martinez: Para ratificar a defesa da vida humana desde a concepção e, pelo mesmo, para reafirmar a gravidade de quem atenta contra essa vida humana do mais indefeso, a Igreja sustenta a excomunhão automática para quem procura o aborto e que este se produza.

--Os legisladores do Distrito Federal dizem que se trata de evitar a morte de mulheres que abortam clandestinamente; é essa a solução adequada?

--Dom Aguilar Martinez: A solução para que não aumentem as mortes de mulheres por abortos clandestinos não é legalizar o aborto; isso só provocará maior quantidade de gravidezes não desejadas, mais riscos de infecções e de HIV, em geral, maior degradação da dignidade humana. A autêntica solução é reavaliar a dignidade humana, inclusive a sexualidade, a qual não consiste somente em corpo, emoções e prazer; mas inclui a toda a pessoa em seus aspectos biológicos, psicológicos e espirituais. A sexualidade implica nosso modo de pensar, de reagir e de atuar como homens ou como mulheres. Quando a sexualidade inclui a genitalidade, é porque a união de corpos e de corações quer abrir-se à possibilidade de uma nova vida humana, participando então na colaboração da «obra-prima de Deus», que é um novo ser humano.


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