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Poesias-->MARCAS -- 08/04/2005 - 22:16 (Cheila Fernanda Rodrigues) |
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MARCAS
Uma simples presença
diferente
e tão semelhante
invoca todo um passado
desemboca num tempo sem volta
que volta e meia
regressa insistente
consciente de ser um marco
de ter deixado marcas
que tempo algum apagará
mesmo que o tempo presente
não se apresente propício.
Essa marca começa a doer
volta a ser ferida
e passa a ferir agora.
Fica exposta
cheirando mal
como uma posta de peixe
que perdeu a validade
e não vale a pena
tentar revalidar
porque é coisa morta.
Haverá uma esperança de cura ou não?
E se curar for o oposto de julgar?
Haverá uma solução:
o não julgamento leva a corrigir
revalida o tempo
coloca o dedo na ferida
e deixa tudo sair
para sanear
purificar
pacificar.
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