Usina de Letras
Usina de Letras
250 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10302)

Erótico (13562)

Frases (50482)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->O cachimbo da véa -- 27/12/2007 - 16:25 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Agora mudo a rima
Pego o verso e deixo a prosa
Para falar de uma vida
Que não foi um mar de rosas
Já falei de caminhão
Da terra, do céu e do limbo
Mas pra falar de cachimbo
Preciso de inspiração.


Enquanto a inspiração me vem
Não estou querendo enrolar
É que a história do cachimbo
Conjuga o cachimbar
Que traz no bojo um sentido
O cachimbo é o apelido
Daquele cheiro ardido
Da véa a cachimbar


É para desopilar
Que vou agora contar
Um caso que ouvi dizer
Se não aconteceu com você
Um dia acontecerá.
Porque o cachimbo da véa
Não pôde mais cachimbar


Dizem que a mulher
Só tem uma serventia:
fazer falta de noite
e fazer raiva de dia.
Veja pois o verso do velho
Que foi trabalhar noutro Estado
Estava ele empregado
Mas se viu sem companhia.


O autor é desconhecido
Por isso não sei seu nome
Só sei que ele comia
Mas a “estrovenga” tinha fome
E escreveu pra mulher
Que se bem interpretado
Ele mandou um recado
Entenda bem quem puder.


Deixei o cabelo crescer
E também o meu bigode
Da imagem a gente pode
Fazer um novo retrato
Mas, por enquanto, seu cachimbo
Vai continuar sem cabo



Digo isso a versejar
Pois aí não vou agora
E quanto mais me demora
Ter a sua companhia
A me fazer falta de noite
E fazer raiva de dia


Sei que você está sofrendo
Com o cachimbo sem cabo
E eu com o cabo do cachimbo
Para lhe botar o cabo
Guarde bem seu cachimbo
Que quando eu for boto o cabo.

Ainda estamos em abril
E não sei quando voltar
Com o cabo do cachimbo
Para o cachimbo encabar
Mantenha o cachimbo aceso
Não deixe o fogo apagar

Aqui termina a história
Do velho que se empregou
Lá no porto de “Galinha”
Que em Recife encontrou
Não sei se o velho voltou
Para cachimbar a velha
Mas, por mais que se defronte
A mulher é companheira
Pra fazer raiva de dia
E falta a noite inteira.


Não sei se o velho voltou
Ou se a velha já é morta
“Mas o hábito do cachimbo
É que deixa a boca torta”
Mas o recado ele mandou:
Para a véa guardar
Bem seguro o cachimbo
Para ele cachimbar


E assim o velho ficou
Em sua velha a pensar
Com o cabo do cachimbo
Pra na velha encabar
Pois a brasa do cachimbo
Que faz o véi cachimbar
Não se apaga com água
E só um pote de mágoa
Pode o fogo apagar.

LIMA,Adalberto. SILVA Francisco de Assis.
NO BRASIL NOSSO DE CADA DIA, NEM TODOS TÊM
SUA FATIA.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui