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Textos_Religiosos-->Mais humildade, Frei Betto! -- 19/03/2007 - 17:54 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Obras do Pe. Sobrino contêm «notáveis discrepâncias» com fé da Igreja
Constata uma «Notificação» da Congregação para a Doutrina da Fé

www.zenit.org

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 14 de março de 2007 (ZENIT.org).- Obras do sacerdote Jon Sobrino S.J. apresentam «notáveis discrepâncias com a fé da Igreja», constata uma «Notificação» publicada nesta quarta-feira pela Congregação para a Doutrina da Fé.

O documento, assinado pelo prefeito desse dicastério vaticano, o cardeal americano William Cardenal Levada, explica que estas discrepâncias afetam questões centrais do cristianismo, como «a divindade de Jesus», «a encarnação do Filho de Deus», «a relação entre Jesus e o Reino de Deus», «a autoconsciência de Jesus Cristo», e «o valor salvífico de sua morte».

O Pe. Sobrino, nascido em 1938 no seio de uma família vasca, chegou a El Salvador, sendo noviço da Companhia de Jesus, em 1957, com 18 anos, ficando sumamente impressionado pela dramática realidade social do país centro-americano.

Expoente de uma das correntes da Teologia da Libertação, dedicou a maior parte de sua vida à docência teológica na Universidade centro-americana José Simeón Cañas (UCA) de San Salvador.

A Congregação explica que, em 2001, quando seu prefeito era o cardeal Joseph Ratzinger, ele se dedicou a empreender uma pesquisa sobre as obras do Pe. Sobrino ao ter-se constatado erros e dada sua ampla divulgação em seminários e outros centros de estudo, sobretudo na América Latina.

A «Notificação» centra-se em duas obras do Pe. Sobrino: «Jesus Cristo libertador. Leitura histórico-teológica de Jesus de Nazaré» (Madri, 1991) e «A fé em Jesus Cristo. Ensaio desde as vítimas» (San Salvador, 1999).

Os pobres
A «nota explicativa» publicada pela Congregação para acompanhar a «Notificação» começa declarando que a preocupação do Pe. Sobrino pelos pobres na América Latina «é certamente a da Igreja inteira».
Ratifica «a opção preferencial pelos pobres», declarando que «longe de ser um sinal de particularismo ou de sectarismo, manifesta a universalidade do ser e da missão da Igreja. Tal opção não é exclusiva».

Porém, declara a «Notificação», dá-se um erro de metodologia na obra do sacerdote. Em seu livro «Jesus Cristo libertador», o Pe. Sobrino afirma: «A cristologia latino-americana [...] determina que seu lugar, como realidade substancial, são os pobres deste mundo, e esta realidade é a que deve estar presente em qualquer lugar categorial onde se leva a cabo».

«O lugar eclesial da cristologia não pode ser a ‘Igreja dos pobres’, mas a fé apostólica transmitida pela Igreja a todas as gerações», declara o documento vaticano. «O teólogo, por sua vocação particular na Igreja, deve ter constantemente presente que a teologia é a ciência da fé.»

Divindade de Jesus
O texto constata que «diversas afirmações do autor tendem a diminuir o alcance das passagens do Novo Testamento que afirmam que Jesus é Deus». Segundo o documento, Sobrino considera que «a divindade de Jesus foi afirmada só depois de muito tempo de reflexão crente e que no Novo Testamento se encontra somente ‘em semente’».

Contudo, explica a Santa Sé, «a confissão da divindade de Jesus Cristo é um ponto absolutamente essencial da fé da Igreja desde suas origens e se encontra testificada desde o Novo Testamento».

A encarnação do Filho de Deus
Neste sentido, a nota considera que nas obras analisadas do Pe. Sobrino se estabelece «uma diferença entre o Filho e Jesus» sugerindo «a presença de dois sujeitos em Cristo».

«Não fica claro que o Filho é Jesus e que Jesus é o Filho». Esta visão, assinala, «se torna incompatível com a fé católica, que afirma a unidade da pessoa de Jesus Cristo nas duas naturezas, divina e humana», segundo as formulações dos Concílios da Igreja.

Jesus Cristo e o Reino de Deus
Ao apresentar Jesus Cristo e o Reino de Deus, segundo a «Notificação», o Pe. Sobrino não deixa claro que Cristo é o único mediador entre Deus e os homens, como «sempre» afirmou a Igreja: «sua mediação é única, singular, universal e insuperável». Pelo contrário, segundo o teólogo, «a pessoa de Jesus, como mediador, não se pode absolutizar».

A autoconsciência de Jesus Cristo
Segundo o documento, «a relação filial de Jesus com o Pai, em sua singularidade única, não aparece com clareza» nas obras analisadas, e além disso, «levam mais a excluí-la».

Em certas ocasiões, Sobrino diz que Jesus é «um crente como nós». Mas, «se Jesus fosse um crente como nós, ainda que de maneira exemplar, não poderia ser o revelador verdadeiro que nos mostra o rosto do Pai», adverte a Santa Sé.

O valor salvífico da morte de Jesus
«Algumas afirmações» de Sobrino, diz a «Notificação» «fazem pensar que, segundo ele, Jesus não atribuiu à sua morte um valor salvífico»: O teólogo afirma literalmente: «não há dados para pensar que Jesus outorga um sentido absoluto transcendente à sua própria morte».

«A morte de Cristo é ‘exemplum’ [exemplo, ndr.] e não ‘sacramentum’ (dom). A redenção se reduz ao moralismo», considera a nota.

Contudo, diz a nota, citando o Concílio Vaticano II: «O Filho de Deus, na natureza humana que uniu a si, vencendo a morte com sua morte e ressurreição, redimiu o homem e o transformou em uma criatura nova».

Após um exame de quase três anos sobre as obras do Pe. Sobrino, a Congregação para a Doutrina da Fé lhe enviou um elenco de proposições errôneas ou perigosas encontradas nos livros citados.

No mês de março de 2005, o Pe. Sobrino enviou à Congregação uma «Resposta ao texto da Congregação para a Doutrina da Fé», a qual foi examinada na Sessão Ordinária de 23 de novembro de 2005.

«Constatou-se que, ainda que em alguns pontos o autor havia matizado parcialmente seu pensamento, a Resposta não resultava satisfatória, já que, em substância, permaneciam os erros que haviam dado lugar ao envio do elenco de proposições já mencionado.»

«Ainda que a preocupação do autor pela sorte dos pores é apreciável, a Congregação para a Doutrina da Fé se vê na obrigação de indicar que as mencionadas obras do Pe. Sobrino apresentam, em alguns pontos, notáveis discrepâncias com a fé da Igreja.»

Por este motivo, a Congregação publicou a «Notificação», «para poder oferecer aos fiéis um critério de juízo seguro, fundado na doutrina da Igreja, acerca das afirmações» do teólogo em seus livros.


***

Comentário

Félix Maier

No artigo "Sombras da inquisição" (jornal Correio Braziliense, 16/3/2007, "Opinião", pg. 17), Frei Betto começa assim:

"Hoje é um dia triste para mim. Dói no fundo do meu coração, no âmago de minha fé cristã. O papa Bento XVI, às vésperas de sua primeira viagem à América Latina, faz um gesto que imprime um gosto amargo às boas-vindas: condena o teólogo jesuíta Jon Sobrino, de El Salvador".

Além de Sobrino, Frei Betto fornece uma lista de outros "perseguidos religiosos": Han Kung (1975 e 1980), Jacques Pohier (1979), Schillebeeckx (1980, 1984 e 1986), Leonardo Boff (1985), Charles Curran (1986), Tissa Balasuriya (1997), Reinhard Messner (2000), Jacques Dupuis e Marciano Vidal (2001) e Roger Haight (2004).

Continua Frei Betto:

"O que está por trás da censura a Sobrino é a visão latino-americana de um Jesus que não é branco nem tem olhos azuis. Um Jesus indígena, negro, moreno, migrante; Jesus mulher, marginalizado, excluído. Aquele Jesus descrito no capítulo 25 de Mateus: faminto, sedento, maltrapilho, enfermo, peregrino. Jesus que se identifica com os condenados da Terra e dirá a todos que, frente a tanta miséria, se portam como o bom samaritano: O que vocês fizeram a um dos menores de meus irmãos, a mim o fizeram (Mateus 25,40)".

Ora, para ser um verdadeiro católico, a primeira obrigação do fiel é acatar a doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana. Isso vale tanto para o ex-frei Boff como para o pseudo-frei Betto. Se cada um, por si mesmo, começar a interpretar as Sagradas Escrituras, cairemos no mesmo buraco negro em que caiu o Protestantismo: hoje, existem milhares de versões da igreja criada por Martinho Lutero, uma verdadeira Torre de Babel, onde proliferam picaretas da TV religiosa, como os donos da Igreja Renascer, no momento presos nos EUA, por terem contrabandeado dólares para aquele país - as "moedas de Judas".

Se Frei Betto não está satisfeito com a doutrina da Igreja Católica, ele tem todo o direito de sair da mesma, como fez o ex-frade Boff. Ou então, que faça como essas igrejas pentecostais que proliferam mais que cogumelos em bosta fresca de vaca nos campos: que crie sua própria igrejinha, dentro da ideologia marxista que professa, que é a Teologia da Libertação.

O que Frei Betto, admirador de Che Guevara e da ditadura cubana, nunca terá é o direito de exigir que a Santa Sé se curve à sua ideologia marxista. É muita pretensão do frade pop-petista. Mais humildade, Frei Betto!















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