Sempre te amei nas horas todas do dia,
Quando nas tardes mornas tu me olhavas
E sorrias ao me ver passar... Que alegria!...
O sol assim aparecia... E eu me extasiava
Só de poder passar, enquanto tu me vias!
E caminhava sobre nuvens ondulantes,
Sentindo que em meu corpo percorria
Um raio de luz, que tanto me envolvia,
Enchendo de amor meu peito arfante!
Oh! Como te amei! E eu nem sabia
Que aquele sentimento que envolvia
Tanto, a ti também inebriava...
Os nossos corações então se entrecruzavam...
E a nós dois o amor nos permitia
Sonhar, vivendo a doce e tão sutil magia!
Uma loucura aquele nosso enlevo!
Era tão grande aquela fantasia
Jamais sonhada, mas, tão pretendida,
Que até julguei que estava alucinada
Com tamanha loucura acontecida!...
A nossa juventude só nos fez feliz!
Se vinha eu de longe, tu já me esperavas...
E eu nem sabia, que o sonho que eu buscava,
Não pertencia a alguma fantasia,
Nem ao capricho que me entontecia...
Era a certeza que já me tardava!
Um compromisso feito de segredo,
Enchendo-me de pressa e medo,
Uma teia que envolvia tão somente
Dois seres que queriam ser felizes!
E foi assim que o destino nos prendeu
Nos braços um do outro, de tal jeito
Sutil, e poderosamente nos rendeu,
Que seguimos juntos, normalmente,
Como sabendo que era, realmente,
Continuação do que vivemos antes...
Em nossos olhos grande era a certeza
De ser o amor, tão só, nossa riqueza!
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Dia 06 de abril de 2005 –
Stella Mello
lstellamello@uol.com.br
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