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Redação-->UNIDADE XI — A LEI DE AMOR -- 14/07/2002 - 06:51 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O amor resume por completo a doutrina de Jesus, pois é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso efetuado. Em seu ponto de partida, o homem tem apenas instintos; mais adiantado e corrompido, tem apenas sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o ponto sublime do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar da palavra, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu foco ardente todas as aspirações e todas as revelações excelsas. A lei de amor renova a personalidade através da fusão do seres; ela extirpa as misérias sociais. Feliz de quem, ultrapassando sua humanidade, ama com um intenso amor a seus irmãos imersos em dores! Feliz de quem ama, pois não conhece nem o desespero da alma, nem o do corpo; seus pés são leves e ele vive como que transportado para fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou essa palavra divina de amor, essa palavra fez estremecer os povos, e os mártires, ébrios de esperança, morreram no circo.

O espiritismo, por seu turno, vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino; prestem atenção, pois esta palavra soergue a lápide dos túmulos vazios, e a “reencarnação”, triunfando da morte, revela ao homem extasiado seu patrimônio intelectual; não é mais aos suplícios que ela o conduz, mas à conquista de seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito, e o Espírito tem hoje em dia que resgatar o homem da matéria.

Eu disse que, no seu início, o homem possui só instintos; aquele, portanto, em quem os instintos predominam está mais perto do ponto de partida que de chegada. Para avançar para a chegada, é preciso vencer os instintos no interesse dos sentimentos, quer dizer, aperfeiçoar a estes, sufocando as sementes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões dos sentimentos; eles trazem consigo o progresso, como a bolota esconde o carvalho; e os seres menos adiantados são os que, desvencilhando-se somente a pouco e pouco de sua crisálida, permanecem sujeitos a seus instintos. O Espírito tem que ser cultivado como um campo; toda riqueza futura depende do labor presente, e, mais que os bens terrenos, ele lhes trará gloriosa elevação; é então que, ao compreenderem a lei de amor, que une a todos os seres, vocês nela procurarão os suaves prazeres da alma, que são o prelúdio dos gozos celestes. (LÁZARO. Paris, 1862.)

(O Ev. S. o Esp., XI: 8.)




Pesquise, reflita e responda:


1. O amor é um instinto, uma sensação ou um sentimento?
2. Socialmente, em que a lei de amor é importante?
3. Por que os mártires “desceram ao circo”?
4. Em que o Espiritismo vem aumentar a esperança dos homens?
5. Como nós devemos proceder para cultivar o Espírito?




Leitura complementar



O ÓDIO


Amem-se uns aos outros e vocês serão felizes. Assumam sobretudo o compromisso de amar aos que lhes inspiram indiferença, ódio e menosprezo. O Cristo, que vocês têm que transformar em seu modelo, lhes proporcionou o exemplo desse devotamento: missionário do amor, ele amou até oferecer seu sangue e sua vida. O sacrifício que os força a amar aos que os ultrajam e os perseguem é penoso; mas é precisamente isso que os torna superiores a eles; se vocês os odiassem como eles os odeiam, não valeriam mais que eles; eis a hóstia imaculada ofertada a Deus no altar de seus corações, hóstia de agradável odor, cujas fragrâncias ascendem até ele. Conquanto a lei de amor dispõe que se amem indistintamente todos os seus irmãos, ela não protege o coração dos maus procedimentos; é essa, ao contrário, a provação mais penosa, eu o sei, porque, durante minha derradeira existência terrena, eu padeci essa tortura; mas Deus lá está e pune, nesta vida e na outra, os que fracassarem quanto à lei de amor. Não se esqueçam, meus caros filhos, de que o amor aproxima de Deus e de que o ódio distancia. (FÉNELON. Bordéus, 1861.)

(O Ev. S. o Esp., XII: 10.)




Teoria



SEDE BRANDOS E BENEVOLENTES


— Quer dizer que vocês desaprovam a esmola?


Não; não é a esmola que é reprovável, é muitas vezes a maneira pela qual ela é oferecida. O homem de bem, que compreende a caridade segundo Jesus, vai ao encontro do infeliz sem esperar que lhe estenda a mão.

A verdadeira caridade é sempre boa e benevolente; ela se acha tanto na maneira quanto no fato. Um serviço prestado com delicadeza dobra de valor; se for prestado com arrogância, a necessidade pode fazer que seja aceito, mas o coração pouco se comove.

Lembrem-se também de que a ostentação desfaz aos olhos de Deus o mérito do benefício. Jesus disse: Que sua mão esquerda não saiba o que dá sua mão direita. Ele lhes ensina assim a nunca ofuscar a caridade através do orgulho.

É preciso distinguir a esmola propriamente dita da beneficência. O mais necessitado nem sempre é quem pede; o receio de uma humilhação detém o verdadeiro pobre, que amiúde sofre sem se lamentar; eis a quem o homem verdadeiramente humano sabe ir buscar sem ostentação.

Amem-se uns aos outros; aqui está toda a lei; lei divina através da qual Deus governa os mundos. O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados; a atração é a lei de amor para a matéria inorgânica.

Não se esqueçam jamais de que o Espírito, seja qual for seu nível de adiantamento, sua condição de reencarnação ou erraticidade, se acha “sempre” situado entre um superior que o guia e o aperfeiçoa, e um inferior diante do qual possui os mesmos deveres que cumprir. Sejam, pois, caridosos, não somente desta caridade que os leva a retirar de sua bolsa o óbolo que oferecem friamente a quem ousa pedir-lhes, mas vão ao encontro das misérias escondidas. Sejam indulgentes para com as falhas de seus semelhantes; em vez de menosprezar a ignorância e o vício, instruam-nos e moralizem-nos; sejam complacentes e benévolos para com todo aquele que lhes é inferior; sejam assim também em relação aos seres mais ínfimos da criação, e vocês terão obedecido à lei de Deus. — “São Vicente de Paulo”.

(O Livro dos Espíritos, 888-a.)




Meditação



1. Qual é o primeiro de todos os direitos naturais do homem?
2. Como se pode definir a justiça?
3. Caso cada um se atribua os direitos de seu semelhante, como fica a subordinação para com os superiores? Não constitui isso a anarquia de todos os poderes?
4. Qual seria o caráter do homem que praticasse a justiça em toda a sua pureza?
5. Jesus disse também: “Amem até mesmo a seus inimigos”. Ora, não é o amor a nossos inimigos contrário às nossas tendências naturais, e não provém a inimizade de uma ausência de simpatia entre os Espíritos?
6. Constitui o amor materno uma virtude ou um sentimento instintivo, comum aos homens e aos animais?

(O Livro dos Espíritos, 880, 875, 878-a, 879, 887, 890.)

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