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Poesias-->Sei que o silêncio morde -- 31/03/2005 - 08:55 (joão manuel vilela rasteiro) |
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Sei que o silêncio morde
no agonismo da pele
a pele agride a garganta
nos nódulos dos pulmões
os pulmões desafiam o ar
nas margens do sangue,
no branco imenso das sílabas
há só um infinito espaço branco
no rizoma gélido de silêncios
que perfuram os dedos como anzóis,
a geometria da morte sob as pedras.
in, Coágulos Secundários - 2005(inédito) |
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