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Poesias-->Curvas sinuosas -- 30/03/2005 - 10:30 (Ernane Calado de Souza Melo) |
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Ergue-se a relva nos teus campos
Viçosos, molhados, regados
Tocados pela brisa que passa
Modulando ecos sem pudor
Espontâneos ou provocados
Expondo o aroma e o frescor
Ora suavemente exalado
Ora intenso, arrebatador
Embora distantes, cobiçados
Teus montes que despontam
Dos olhos foco culmimante
Que te fitam descerrados
Em direção ao clímax,
Aos cumes ressonantes
Cada milímetro conquistado
Sem disputa e em cumplicidade
Representa a vitória sem derrota
Um triunfo da sensualidade
E a chama acesa do prazer
Conduzida a quatro mãos
Que se revezam e a intensificam
Tocha olímpica que não se apaga
Recantos a serem alcançados
Curvas sinuosas, delicadas
Úmidas pelo suor da procura
Do desejo, da busca ousada
Todo cuidado é pouco!
Devagar, pista derrapante!
Cuidado, curva perigosa!
Um exercício de autocontrole
Para não ultrapassar os limites
De um terreno não preparado
Devagar, gradativamente
Percorrendo aclives e declives
Um oásis próximo vislumbrado
Mesmo que seja miragem
Um mergulho no âmago único
Essência íntima da natureza exposta
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