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Artigos-->Química Intoxicações Agrotóxicos -- 06/08/2002 - 11:07 (Cristiana de Barcellos Passinato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Intoxicações por Agrotóxicos Definição e Classificação dos Agrotóxicos Definição: a Lei Federal nº 7.802 de 11/07/89, regulamentada através do Decreto 98.816, no seu Artigo 2º, Inciso I, define o termo AGROTÓXICOS da seguinte forma: "Os produtos e os componentes de processos físicos, químicos ou biológicos destinados ao uso nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas nativas ou implantadas e de outros ecossistemas e também em ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora e da fauna, a fim de preservá-la da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores do crescimento." Essa definição exclui fertilizantes e químicos administrados a animais para estimular crescimento ou modificar comportamento reprodutivo. O termo AGROTÓXICO, ao invés de DEFENSIVO AGRÍCOLA, passou a ser utilizado, no Brasil, para denominar os venenos agrícolas, após grande mobilização da sociedade civil organizada. Mais do que uma simples mudança da terminologia, esse termo coloca em evidência a toxicidade desses produtos ao meio ambiente e à saúde humana. São ainda genericamente denominados praguicidas ou pesticidas. A mesma lei tem ainda como objetos os componentes e afins, também de interesse à vigilância, assim definidos: Componentes: "Os princípios ativos, os produtos técnicos, suas matérias primas, os ingredientes inertes e aditivos usados na fabricação de agrotóxicos e afins". Afins: "Os produtos e os agentes de processos físicos e biológicos que tenham a mesma finalidade dos agrotóxicos, bem como outros produtos químicos, físicos e biológicos, utilizados na defesa fitossanitária e ambiental, não enquadrados no Inciso I. Classificação dos Agrotóxicos: dada a grande diversidade de produtos, cerca de 300 princípios ativos em 2 mil formulações comerciais diferentes no Brasil, é importante conhecer a classificação dos agrotóxicos quanto à sua ação e ao grupo químico a que pertencem. Essa classificação também é útil para o diagnóstico das intoxicações e instituição de tratamento específico. Inseticidas: possuem ação de combate a insetos, larvas e formigas. Os inseticidas pertencem a quatro grupos químicos distintos: Organofosforados: são compostos orgânicos derivados do ácido fosfórico, do ácido tiofosfórico ou do ácido ditiofosfórico. Ex.: Folidol, Azodrin, Malation, Diazinon, Nuvacron, Tamaron, Rhodiatox. Carbamatos: são derivados do ácido carbâmico. Ex.: Carbaril, Temik, Zectram, Furadan. Organoclorados: são compostos à base de carbono, com radicais de cloro. São derivados do clorobenzeno, do ciclo-hexano ou do ciclodieno. Foram muito utilizados na agricultura, como inseticidas, porém seu emprego tem sido progressivamente restringido ou mesmo proibido. Ex.: Aldrin, Endrin, BHC, DDT, Endossulfan, Heptacloro, Lindane, Mirex. Piretróides: são compostos sintéticos que apresentam estruturas semelhantes à piretrina, substância existente nas flores do Chrysanthemum (Pyrethrun) cinenarialfolium. Alguns desses compostos são: aletrina, resmetrina, decametrina, cipermetrina e fenpropanato. Ex.: Decis, Protector, K-Otrine, SBP. Fungicidas: ação de combate a fungos. Existem muitos fungicidas no mercado. Os principais grupos químicos são: Etileno-bis-ditiocarbamatos: Maneb, Mancozeb, Dithane, Zineb, Tiram. Trifenil estânico: Duter e Brestan. Captan: Ortocide e Merpan. Hexaclorobenzeno. Herbicidas: combatem ervas daninhas. Nas últimas duas décadas, esse grupo tem tido uma utilização crescente na agricultura. Seus principais representantes são: Paraquat: comercializado com o nome de Gramoxone. Glifosato: Round-up. Pentaclorofenol Derivados do ácido fenoxiacético: 2,4 diclorofenoxiacético (2,4 D) e 2,4,5 triclorofenoxiacético (2,4,5 T). A mistura de 2,4 D com 2,4,5 T representa o principal componente do agente laranja, utilizado como desfolhante na Guerra do Vietnan. O nome comercial dessa mistura é Tordon. Dinitrofenóis: Dinoseb, DNOC. Outros grupos importantes compreendem: Raticidas (Dicumarínicos): utilizados no combate a roedores. Acaricidas: ação de combate a ácaros diversos. Nematicidas: ação de combate a nematóides. Molusquicidas: ação de combate a moluscos, basicamente contra o caramujo da esquistossomose. Fumigantes: ação de combate a insetos, bactérias: fosfetos metálicos (Fosfina) e brometo de metila. Os agrotóxicos são classificados, ainda, segundo seu poder tóxico. Esta classificação é fundamental para o conhecimento da toxicidade de um produto, do ponto de vista de seus efeitos agudos. No Brasil, a classificação toxicológica está a cargo do Ministério da Saúde. O Quadro 1 relaciona as classes toxicológicas com a "Dose Letal 50" (DL50), comparando-a com a quantidade suficiente para matar uma pessoa adulta. Quadro 1 Classificação toxicológica dos agrotóxicos segundo DL50GRUPOS DL50 Dose capaz de matar uma pessoa adulta Extremamente tóxicos £ 5mg/Kg 1 pitada - algumas gotas Altamente tóxicos 5-50 algumas gotas -1 colher de chá Medianamente tóxicos 50-500 1 colher de chá - 2 colheres de sopa Pouco tóxicos 500-5000 2 colheres de sopa- 1 copo Muito pouco tóxicos 5000 ou + 1 copo - litro Fonte: extraído de TRAPÉ (1993). op.cit. Por determinação legal, todos os produtos devem apresentar nos rótulos uma faixa colorida indicativa de sua classe toxicológica, conforme mostra o Quadro 2. Quadro 2 Classe toxicológica e cor da faixa no rótulo de produto agrotóxicoClasse I Extremamente tóxicos Faixa Vermelha Classe II Altamente tóxicos Faixa Amarela Classe III Medianamente tóxicos Faixa Azul Classe IV Pouco ou muito pouco tóxicos Faixa Verde





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