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Cronicas-->SOLIDARIEDADE -- 20/07/2003 - 23:48 (Edson Campolina) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SOLIDARIEDADE



Amanheceu um belo domingo de Julho, com um sol de inverno claro, morno, como os característicos dos invernos cariocas. Saímos Eu, Silvia, Laurinha e Pedro, logo após o café-da-manhã, a princípio direto ao Oftalmologista para a "revisão" da Laura que sofrera um pequeno acidente doméstico no dia anterior, mas como, mesmo leigos, percebíamos a considerável melhora em seu estado "ocular", mudamos rumo ao "Parque da Cidade" para diverti-la um pouco com um teatro infantil ao ar livre, muito verde, miquinhos e pássaros, junto de outras tantas criancinhas.


Após a aliviante avaliação médica, partimos para um almoço no restaurante preferido da Sílvia. Sempre com as dificuldades no controle da Laura que assim como os miquinhos da floresta do parque, sempre de galho-em-galho busca explorar os ambientes novos.


Retornamos pra casa, um pouco exaustos, mas com planos para continuarmos nossa maratona domingueira, no entanto, a preguiça pós-almoço de domingo nos fez adiar novos passeios e ficamos a brincar na sala com a Laura virando cambalhotas no tapete de letrinhas de borracha.


Sentindo falta da matinal leitura jornalística, uma vez que meu exemplar de assinante, mais uma vez, fora roubado no corredor do prédio, sujeitei-me à leitura, irritante, via Internet, pois nada como se acomodar numa poltrona e abrir os cadernos preferidos degustando as notícias que interessam. Fora o bastante para mim duas matérias jornalísticas sobre a vida das famílias nos lixões das cidades a disputarem restos putrefatos com ratos, porcos e urubus.


Aproveito a oportunidade para chamar ao Pedro, sentado ao meu lado, a responsabilidade, a gratidão e perseverança que devemos ter com nossas condições. Após um gostoso domingo em família, sem preocupações de ordem financeira, económica, social ou familiar, nos resta a responsabilidade de cidadão. Daí retorno à um antigo dilema: cabe a quem a responsabilidade social sobre essas famílias? Não só às esferas governamentais, devemos nos render à grande virtude do brasileiro de ser solidário. Infelizmente, não alcançaremos neste ciclo que se inicia, a solução para os problemas sociais que muitas vezes esquecemos, fazemos questão de não ver ou não acreditar. Não podemos render à responsabilidade dos governos, você também pode fazer algo se rendendo à solidariedade e contribuindo. E a melhor maneira é, primeiro acreditar que um ser humano como você hoje disputa seus restos com urubus, porcos e ratos; segundo "alistar-se" como contribuinte ou voluntário numa conceituada Organização ou Associação, são tantas sérias; e por fim, divulgar sua sensibilidade e seu trabalho, mesmo que seja somente uma contribuição financeira, pois será de esperança e salvação para muitos.


Assim se resumiu um domingo em família, quase completa, que se rendeu, se rende e sempre se renderá à solidariedade brasileira para com seus compatriotas.
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