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Artigos-->Lula Continua com a Bola Cheia -- 05/08/2002 - 22:38 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lula Continua Com a Bola Cheia

(por Domingos Oliveira Medeiros)



Não se pode deixar de reconhecer o valor de Lula como trabalhador, como brasileiro e como liderança sindical e política. Entretanto, não posso concordar com o que a mídia vem espalhando pelos sete mares: que o PT nunca esteve tão perto do poder como agora. Mentira. Quando o Collor foi eleito, o Lula tinha tudo para ganhar as eleições. E surgiram os atos covardes como foi o caso do seqüestro do empresário Abílio Diniz, que teria sido obra direta ou indireta do Partido dos Trabalhadores. Depois veio o golpe final e sujo da questão pessoal. Todos sem tempo para desfazer o estrago. A estratégia é sempre a mesma. Enchem a bola do Lula. O Lula acha que já ganhou. Afasta-se da esquerda, como um todo. Enfraquece a oposição. E no dia da eleição, começam os bombardeios. E o resto já sabemos. Mais um honroso segundo lugar. Não vejo diferença neste pleito.



A única novidade plausível, capaz de inverter este processo, seria (e ainda é) o Ciro Gomes. Mas, como o candidato oficial, o chamado Plano A, José Serra, não apresentou gás suficiente para que o balão governamental atingisse o segundo turno das eleições, o governo lança, agora, o seu foguetão e suas bombas mais potentes, na direção do Ciro Gomes. Por conta do chamado Plano B, que alguns “petistas”, de forma ingênua, estão interpretando como se fosse, este Plano B, a segunda opção oficial, ou seja, o Ciro Gomes. Tem eleitor que é cego.



Mas, ao contrário disso, é bom que se diga, que a turma de FHC, ajudado por parte da mídia, comprometida com contratos de publicidade e outros recursos e interesses difusos, já começou a campanha para derrotar o Ciro. Pois a turma da situação prefere, sem a menor dúvida, no segundo turno, o Lula. Que é bem mais vulnerável e fácil de ganhar. O histórico não nos deixa mentir.



Por isso, entendo que todos os eleitores que se mostram insatisfeitos com o governo atual, deveria direcionar suas baterias de críticas para o candidato do governo, já que o Garotinho, tudo indica, está fora do páreo.



E os petistas mais inteligentes, se não puderem falar, ou não quiserem falar bem do Ciro Gomes, que, pelo menos, não falem mal; pois desta forma estarão, com certeza, ajudando às pretensões do atual governo e do adversário comum, o José Serra. Deixem esta tarefa de bombardear o Ciro para os que são favoráveis à continuidade desta política econômica perniciosa. Tarefa, aliás, repito, que já começa a ser feita, com afinco, pelos que são contrários às mudanças. Ou seja: os que preferem o caminho da subserviência ao capital estrangeiro, com tudo que ele tem de ruim.



Enquanto isso, vamos reforçar as verdadeiras forças políticas de oposição em todas as esferas de governo. A título de sugestão: vamos escolher, nestas eleições, governadores, senadores, deputados (federal e estaduais) e vereadores comprometidos com as mudanças que se fazem necessárias. De preferência, gente nova. Sem vícios. Ou mesmo antigas, mas que tenham passado irretocável. Vamos expulsar os enganadores, os gananciosos, os corruptos, os omissos, os mentirosos e os incapazes. Já seria um grande passo.



Enquanto não se fizer uma Reforma Política profunda, e uma Reforma Educacional prá valer, as eleições no Brasil serão decididas nos grotões brasileiros. Onde a realidade virtual é mais presente. Continuaremos, por enquanto, vencendo as eleições nas capitais e nas grandes cidades, onde habitam, dizem os especialistas, “o eleitorado mais politizado”, e perdendo nos outros lugares que, por coincidência, detêm a maioria dos votos.



E sem um amplo pacto de união, a começar pelo Congresso Nacional, em torno de um programa de governo, que seja capaz de romper com esta dependência externa e modificar, radicalmente, esta política equivocada de acumulação de dívidas, tocando-a por uma que possa retomar o desenvolvimento sustentando de nossa economia, não sairemos do lugar de sempre: o país do futuro.



Domingos Oliveira Medeiros

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