Tem um mundo mudo
que passa ao meu lado,
longe das mãos,
dentro da alma.
Um mundo pós-tudo,
que recicla a mente
como se fosse dela a lata
arremessada na avenida,
quicando no pânico da alegria.
No espaço vazio
uma imagem viva
veste o coração
e pulsa sem sentir.
Fica no ar,
o cheiro pálido
do mundo que insiste em existir
em cada um de nós.
PÓS-TUDO
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