Mãe, não te contemplo quando estás perto,
Nem mesmo percebo o quanto tu me amas.
Não sinto ardor quando tuas mãos aperto,
Mas sei que teu coração arde, em chamas.
Mãe, jamais me abandones no deserto,
Nem deixes lambuzar-me nestas lamas.
Sou ainda imaturo e nem mesmo sei ao certo,
Quem é que sou quando estou nestes dramas.
Mãe, que tens ao amor coração aberto,
Perdoai-me as vezes que te fiz chorar
Sem ao menos ouvir tuas palavras de amor.
Mãe, às vezes me engano, outras acerto,
Mas tu estás sempre presente a admirar
Este eu que hoje lhe oferece uma flor.
Lucimar Justino |